segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Reflexionado

Feliz é o homem de coração sensível, pois, ninguém aspira justiça, se torna manso, chora, se mostra misericordioso, ama a paz sem aquela sensibilidade que o Espírito Santo gera em nós. Purificando o coração do homem pelo novo nascimento, o coração de peda se transmuda em coração de carne. A, insensibilidade converte-se em sensibilidade. Quão venturosa é a criatura que se põe nas mãos do Senhor para receber a purificação interior!
Há, na Europa, um animalzinho cobiçado pelos caçadores: o arminho. Sua pele tem alto preço. O pêlo é branco como a neve, e o animal cuida dele todo dia. Não se encosta a lugares sujos, não se põe em ambientes em que a brancura lirial de pêlo seja manchada. Sabendo os caçadores desse cuidado, emporcalham a entrada da toca do bichinho em momentos em que lá não esteja. Depois, soltam a matilha na floresta. Vendo-se perseguido, o arminho procura a gruta; mas, notando a imundície na porta de sua morada e sentindo que vai sujar a pureza da pele, prefere morrer. Volta-se e enfrenta os cães. Prefere a morte à impureza.
Quantos por amor de valores materiais, temporais, menosprezam riquezas espirituais e morais, valores eternos! Não trocou Esaú a primogenitura por um pratinho de lentilhas (Gn 25)? Não deixou Demas a companhia de um santo pelo amor do mundo (2 Tm 4)? Bem aventurados os que mantêm limpa a vestimenta que receberam do Pai quando retornaram ao lar abandonado (Lc 15).

...notando a imundície na porta de sua morada e sentindo que vai sujar a pureza da pele, prefere morrer. Volta-se e enfrenta os cães. Prefere a morte à impureza...

Autor: Pr. Celso Ribeiro

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