quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Curiosidades Bíblicas - Você Sabia?


 
1. Quais os livros da Bíblia que tem apenas 1 capítulo?
R: Obadias, Filemom, II João, III João e Judas.
 
2. Quais os livros da Bíblia que terminam com um ponto de interrogação?
R: Lamentações, Jonas e Naum.
 
3. Qual o menor livro da Bíblia?
R: II João (possui somente 13 versículos).
 
4. Qual o maior livro da Bíblia?
R: Salmos (possui 150 capítulos).
 
5. Qual o menor capítulo da Bíblia?
R: Salmo 117 (possui 2 versículos).
 
6. Qual o maior capítulo da Bíblia?
R: Salmo 119 (possui 176 versículos).
 
7. Qual o menor versículo da Bíblia?
R: Jó 3:2 (possui 07 letras).
 
8. Qual o maior versículo da Bíblia?
R: Ester 8:9 (possui 415 caracteres).
 
9. Quantas palavras a Bíblia contêm aproximadamente?
R: 773.693 palavras.
 
10. Quantas letras a Bíblia contêm aproximadamente?
R: 3.566.480 letras.
 
11. Quantos capítulos e quantos versículos a Bíblia possui?
R: 1.189 capitulos e 31.102 versículos.
 
12. Em quais os livros da Bíblia não encontramos a palavra Deus?
R: Ester e Cantares de Salomão.
 
Gênesis
13. Quem foi o primeiro bígamo citado na Bíblia e quais eram os nomes das esposas?
R: Lameque. Ada e Zilá. Gênesis 4:19.
 
14. Quem foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado?
R: Jabal. Gênesis 4:20.
 
15. Quem foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta?
R: Jubal. Gênesis 4:21.
 
16. Quem era rei e sacerdote ao mesmo tempo?
R: Melquisedeque. Gênesis 14:18.
 
17. Qual é a única mulher cuja idade é mencionada na Bíblia?
R: Sara. Gênesis 23:1.
 
18. Onde lemos na Bíblia de camelos se ajoelhando?
R: Gênesis 24:11.
 
19. Quais os nomes dos filhos de Abraão?
R: Zinrá, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque, Sua (filhos de Quetura), Isaque (filho de Sara) e Ismael (filho de Hagar). Gênesis 25:2,9.
 
Êxodo
20.
Qual a mãe que recebeu um salário para criar o seu próprio filho?
R: Joquebede, mãe de Moisés. Êxodo 2:8,9,10.
 
21. Qual o nome do homem acusado por sua esposa de derramar sangue?
R: Moisés. Êxodo 4:24,25.
 
22. Qual o sobrinho que se casou com a sua tia?
R: Anrão, pai de Moisés. Êxodo 6:20.
 
23. Onde se lê na Bíblia que as águas, por serem amargas, não serviam para consumo, porém tornaram-se doces depois?
R: Êxodo 15:23,24,25.
 
24. Onde se encontra a lei, por meio da qual um escravo ganhava liberdade por perder um dente?
R: Êxodo 21:27.
 
25. Onde se lê na Bíblia que os israelitas foram advertidos para obedecerem a um Anjo?
R: Êxodo 23-20,21.
 
Números
26. Qual o rei teve os seus inimigos abençoados pelo profeta que ele tinha chamado para os amaldiçoar?
R: Balaque, rei de Moabe. Números 22-5,6,12 + Números 23:11,12.
 
27. Qual o cavaleiro que teve o seu pé imprensado contra o muro?
R: Balaão. Números 22:25.
 
- A Bíblia se divide em duas partes: Antigo Testamento e Novo Testamento. Tem 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento.
 
- O Salmo 119 tem, em hebraico, 22 seções de oito versículos. Cada uma das seções inicia com uma letra do alfabeto hebraico, de 22 letras. Dentro das seções, cada versículo inicia com a letra da seção.
 
- Que "o caminho de um sábado" era o caminho permitido no dia de sábado; a distância que ia da extremidade do arraial das tribos ao tabernáculo, quando no deserto, isto é, cerca de 1.200 metros.  - O capítulo 19 de II Reis é igual ao 37 de Isaías.
 
- No livro Lamentação de Jeremias, os capítulos 1, 2 e 4 têm versículos em número de 22 cada, compreendendo as letras do alfabeto hebraico. O capítulo 3 tem 66 versículos, levando cada três deles, em hebraico, a mesma letra do alfabeto.
 
- A Menor Bíblia A menor Bíblia existente foi impressa na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este fabuloso exemplar da Bíblia mede 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm de espessura. Apesar de ser tão pequenina, contém 878 páginas, possui uma séria de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxílio de uma lente.
 
- A Maior Bíblia A maior Bíblia que se conhece, contém 8.048 páginas, pesa 547 quilos e tem 2,5 metros de espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de trabalho ininterrupto. Cada página é uma delgada tábua de 1 metro de altura, em cuja superfície estão gravados os textos.
 
- Vamos Ler a Bíblia ? A Bíblia contém 31.000 versículos e 1.189 capítulos. Para sua leitura completa, são necessárias 49 horas, a saber, 38 horas para a leitura do Velho Testamento e 11 horas para a do Novo Testamento. Para lê-la audivelmente, em velocidade normal de fala, são necessárias cerca de 71 horas. Se você deseja lê-la em 1 ano, deve ler apenas 4 capítulos por dia.
 
- Tradução: Você sabia que das 2.000 líguas e dialetos falados no mundo, cerca de 1.200 já possuem a Bíblia ou textos bíblicos traduzidos?
 
- O nome "Bíblia" vem do grego "Biblos", nome da casca de um papiro do século XI a.C.. Os primeiros a usar a palavra "Bíblia" para designar as Escrituras Sagradas foram os discípulos do Cristo, no século II d.C.;
 
- Ao comparar as diferentes cópias do texto da Bíblia entre si e com os originais disponíveis, menos de 1% do texto apresentou dúvidas ou variações, portanto, 99% do texto da Bíblia é puro. Vale lembrar que o mesmo método (crítica textual) é usado para avaliar outros documentos históricos, como a Ilíada de Homero, por exemplo;
 
- É o livro mais vendido do mundo. Estima-se que foram vendidos 11 milhões de exemplares na versão integral, 12 milhões de Novos Testamentos e ainda 400 milhões de brochuras com extratos dos textos originais;
 
- Foi a primeira obra impressa por Gutenberg, em seu recém inventado prelo manual, que dispensava as cópias manuscritas;
 
- A divisão em capítulos foi introduzida pelo professor universitário parisiense Stephen Langton, em 1227, que viria a ser eleito bispo de Cantuária pouco tempo depois. A divisão em versículos foi introduzida em 1551, pelo impressor parisiense Robert Stephanus. Ambas as divisões tinham por objetivo facilitar a consulta e as citações bíblicas, e foi aceita por todos, incluindo os judeus;
 
- A Bíblia foi escrita e reproduzida em diversos materiais, de acordo com a época e cultura das regiões, utilizando tábuas de barro, peles, papiro e até mesmo cacos de cerâmica;
 
- Com exceção de alguns textos do livro de Ester e de Daniel, os textos originais do Antigo Testamento foram escritos em hebraico, uma língua da família das línguas semíticas, caracterizada pela predominância de consoantes;
 
- A palavra "Hebraico" vem de "Hebrom", região de Canaã que foi habitada pelo patriarca Abraão em sua peregrinação, vindo da terra de Ur;
 
- Os 39 livros que compõem o Antigo Testamento (sem a inclusão dos apócrifos) estavam compilados desde cerca de 400 a.C., sendo aceitos pelo cânon Judaico, e também pelos Protestantes, Católicos Ortodoxos, Igreja Católica Russa, e parte da Igreja Católica tradicional;
 
- A primeira Bíblia em português foi impressa em 1748. A tradução foi feita a partir da Vulgata Latina e iniciou-se com D. Diniz (1279-1325).
 
- A primeira citação da redondeza da terra confirmava a idéia de Galileu, de um planeta esférico. Bastava que os descobridores conhecessem a bíblia. (Isaías 40:22)
 
- Davi, além de poeta, músico e cantor foi o inventor de diversos instrumentos musicais. (Amós 6:5)
 
- O tio e a tia de Jesus se tornaram "crentes" na sua pregação antes de sua crucificação. (Lucas 24:13:18, João19:25)
 
-O nome "cristão" só aparece três vezes na Bíblia. (Atos 11:26, Atos 26:28 e I Pedro 4:16)
 
- A "Epístola da Alegria" , a carta de Paulo aos Filipenses, foi escrita na prisão e as expressões de alegria aparecem 21 vezes na epístola.
 
- Quem dá aos pobres, empresta a Deus, e Ele lhe pagará. (Provérbios 19: 17)
 
- O trânsito pesado e veloz, os cruzamentos e os faróis acesos aparecem descritos exatamente como nos dias de hoje. (Naum 2:4)
 
- A mensagem através de "out-doors" é uma citação bíblica detalhada. (Habacuque 2:2)
 
- Quem cortou o cabelo de Sansão não foi Dalila, mas um homem. (Juízes 16: 19)
 
- O nome mais comprido e estranho de toda a bíblia é Maersalalhasbas - filho de Isaias.(Isaías 8:3-4)
 
- Você sabia que a palavra fé é encontrada apenas quatro vezes no Antigo Testamento?
(Hc 2:4; Jz 9:16, 9:19; e 1Sm 21:5)
 
- Você sabia que a palavra "DEUS" aparece 2.658 vezes no V.T. e 1.170 vezes no N.T. num total de 3.828 vezes?
 
- Há na Bíblia 177 menções ao diabo em seus vários nomes.
 
- O maior versículo é no livro de Ester capítulo 8 versículo 9.
 
- O menor versículo é no livro de Êxodo capíluto 20 versículo 13.
 
- O versículo central da Bíblia é o Salmo cap: 118 ver:8, o qual divide a mesma ao meio.
 
- Os livros de Ester e Cantares de Salomão não possuem a palavra DEUS.
 
- A expressão "Assim diz o Senhor" e equivalentes encontram-se cerca de 3.800 vezes na Bíblia.
 
- A Vinda do Senhor é referida 1845 vezes na Bíblia, sendo 1.527 no Antigo Testamento e 318 no Novo Testamento.
 
- A Palavra "Senhor" é encontrada na Bíblia 1.853 vezes e "Jeová (YHVH)" 6.855 vezes.
 
- A expressão "Não Temas!" é encontrada 366 vezes na Bíblia, o que dá uma para cada dia do ano!
 
- No Salmo 107 há 4 versículos iguais: 8, 15, 21 e o 31.
 
- Todos os versículos do Salmo 136 terminam da mesma maneira.
 
- Para aprender mais, LEIA A BÍBLIA!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

A Impiedade dos últimos dias.


A Palavra que o Espírito Santo tem ministrado ao meu coração, durante a semana inteira está em 2 Timóteo 3:1-5
Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitadores, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade (Joio com cara de trigo), mas negando o seu poder. AFASTE-SE DESSES TAMBÉM! (NVI)


E no versículo 2 Timóteo 3:10-13 (NVI) diz assim:
Mas você tem seguido de perto o meu ensino, a minha conduta, o meu propósito, a minha fé, a minha paciência, o meu amor, a minha perseverança, as perseguições e os sofrimentos que enfrentei, coisas que me aconteceram em Antioquia, Icônio e Listra. Quanta perseguição suportei! Mas, de todas essas coisas o Senhor me livrou! De fato os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos. Contudo, os perversos e impostores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados.
Paulo foi perseguido naquela época, no início da Igreja primitiva, e a perseguição vinha da parte dos governantes e não da igreja propriamente dita como nos dias de hoje.
A Igreja primitiva, era uma igreja que dividia e repartia os seus bens com todos a quem precisasse, conforme sua necessidade. Faziam isto de coração sincero.
Mas nos últimos dias, onde o diabo sabe que o seu fim está próximo. Esta Igreja primitiva que repartia com a igreja, hoje na verdade divide mais do que ajunta.
Hoje não é o governo que persegue os cristãos, mas é "cristãos" perseguindo cristãos. (Oremos)
Uma competição sem cabimento, entre uns e outros, entre placas de igrejas, onde se elas se unissem evangelizariam mais rapidamente o mundo inteiro. Quem serve mais? quem é melhor nisto ou naquilo?
  Uma Igreja mais preparada para julgar do que para amar. Falam sobre amor, mas na hora de agir, são piores do que os fariseus.
Na hora de agir com justiça, agem com complascência com uns e a outros, desce a lenha ou o cajado!
Não é pra menos que muitos apostatarão da fé. Não é a toa que o número de convertidos tende a cair, a unçao de Deus, deixa aquele lugar, pois luz e trevas não se unem. E quando há brecha, o diabo trabalha mesmo. Na verdade ele não está no mundo. Mas está se infiltrando cada vez mais dentro das igrejas. Usando pessoas com brechas em suas vidas espirituais, dando lugar ao diabo. Sendo boca de satanás muitas vezes, atrapalhando os ministérios dentro das igrejas.

Quantas pessoas feridas e machucadas estão dentro da igreja, que deveria ser um local para acolher e dar amor e na verdade se tornou um lugar de conveniências.
Obviamente que não estou generalizando as Igrejas denominacionais que se tornaram mais organizações, onde muitas vezes o Espírito Santo não tem a liberdade ou o lugar não está preparado para recebê-lo.
Existem Igrejas ( feita de tijolos) que agem como na igreja primitiva. E glória a Deus.
Porque o que temos visto é a Igreja de Cristo (pessoas) tem vivido, nada mais é do que concretização destes dias terríveis que foram anunciados.
Tiago nos adverte para não nos queixarmos uns dos outros, para que não sejamos julgados porque o juiz já está as portas. (Estamos criticando, como religiosos e fariseus, alguém que está na obra e que tem dado frutos ao Senhor.Achamos sempre que faríamos melhor ou não diríamos isto ou aquilo)
Thiago também afirma que o Senhor é cheio de compaixão e misericórdia.
O nosso Pai sabe de nossas falhas e é misericordioso, todos os dias ela se renovam.
E pior do que qualquer outro pecado que você venha cometer, a Bíblia diz que Ele odeia olhos altivos (olhos orgulhosos, presunçosos,arrogantes, coração soberbo), língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, pés se se apressam para fazer o mal, a testemunha falsa que espalha mentiras e aquele que provoca discórdia entre irmãos.
Percebo aqui em provérbios 6:16-19 que nada mais é o prelúdio dos últimos dias. Todas estas coisas serão intensificadas. Infelizmente.
Você como igreja, a palavra diz que não passaremos por tribulações que não posssamos suportar.
Muitas vezes, você se depara com situações, onde você deverá exercer a sua fé, exercer o perdão, exercer principalmente o Amor que é o maior de todos os mandamentos.
Amar ao próximo como Jesus amou a Igreja.
Fica mais "fácil" quando você começa a olhar pelo olhos espirituais e entender que aqueles que tem brechas nas suas vidas, facilmente serão alvos do diabo para te atingir e que você tem que perdoar. (Assim como eu também estou passiva de deixar brechas para o diabo me usar).
Jesus foi caluniado e difamado. Convém que também passemos pelo mesmo, pois Ele habita dentro de nós. Quanto maior a perseguição, maior a glória que há de vim.
Não é fácil. A vontade é de jogar a toalha e dizer, Senhor me toma hoje. Não quero mas viver.
Conheço pessoas que se afastaram e voltaram pra Jesus e nunca mais foram como no princípio. Como também há outros que voltaram encontraram os Barnabés, cheios de amor e compreensão que ajudaram a voltar ao primeiro amor.
Agora isto acontece porque não estamos mais exalando o perfume de Cristo, não estamos praticando as boas obras e principalmente o amor fraternal.
Estamos mais disposto a julgar e condenar, dizendo ser apenas um comentário, e isto não existe. Estamos mesmo julgando, muito mais do que amando. (Também me incluo aqui e me envergonho disto)
E não é fácil amar o caluniador. O difamador. Aquele que tem olhar altivo, mal fala com as pessoas.
E amar é uma atitude.
Maximizamos mais os erros das pessoas do que as qualidades delas.
A misericórdia funciona com alguns que escolhemos e outros não.
Ai de nós se os homens nos julgássemos. Acho mesmo que seríamos condenados.
Mas gloria a Deus que Deus não vê o homem como nós vemos e tão pouco condena como o nós fazemos, ou melhor dizendo, como o diabo faz.
Deus está sempre te chamando pra perto.
Perserveremos irmãos, até que possamos FAZER como Paulo. Combati o bom combate e guardei a fé.
Este post não é para desencorajá-lo. Pelo contrário, a intenção é de que procuremos cada vez mais nos consagrarmos, oramos em espírito e em verdade, que sejamos guiados pelo Espírito para dar mos frutos em uma época de apostasia da fé. Que possamos ser libertos da trevas que está em oculto em nós, para sermos aprovados em toda boa obra.
Encorajemos a outros a não desistirem. Que possamos SER não como Paulo que não tinha muito paciência, como fez com Marcos, só porque ele não quis ir na segunda viagem missionária, não!
Que sejamos como Barnabé (Significado do seu nome: Filho da consolação), consolarmos uns aos outros, edificando uns aos outros a não desistir. A permanecer firme na fé, até que Jesus volte e nos encontre como noivas prudentes!!!
Não desista de Deus, Ele não desiste de você nunca!
Os homens desistem facilmente, Paulo não era perfeito, foi um grande missionário, mas errou também e feio. Faça como Barnabé que aos nossos olhos pode ter sido uma pessoa pequena na obra, mas ao meu ver, foi maior que Paulo, que não desistiu de ninguém. Que acreditou e que ajudou. A ponto de Paulo por fim reconhecer que precisava de Marcos no ministério. E só o Amor é capaz disto.
Barnabé amava as pessoas.
Assim como João, o discípulo do amor, aprendeu muito bem com Jesus, como agir, como andar e como falar.(E foi a João que lhe foi revelado o livro do Apocalipse, foi a João que Jesus revelou o que aconteceu antes de Jesus vir ao mundo, não foi a Paulo.)
No meu ponto de vista, o maior evangelista depois de Jesus, foi João. E é neles, com Jesus e com João que quero me espelhar, para pregar o Evangelho.
Não vou evangelizar condenando as pessoas. Vou falar do amor de Deus. Porque quem convence dos pecados é o Espírito Santo e não sou eu. A mim cabe falar, deste amor infinito, imensurável, sem medidas de Deus por nós ainda pecadores.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Nome Pode Influenciar o Caráter?


  • Já vem de longe a superstição de que o nome pode exercer influência no caráter e no destino da pessoa, ou seja, do seu portador. É bem conhecida de todos a expressão proverbial dos romanos que diz: nomen est omen, isto é , “o nome é um algúrio”.

    A importância que os antigos conferiam aos nomes próprios foi, a princípio, muito razoável, porém, degenerou-se bem depressa numa idéia supersticiosa. Persuadidos de que havia um poder misterioso em cada nome e de que os nomes tinham uma influência direta sobre aqueles que os usavam, começaram a ter um grande cuidado para escolher alguns cujas significações fossem de feliz sorte”.

    A Igreja Romana, com base nessas superstições, exerceu influência considerável sobre os fiéis no momento em que estes buscavam um nome para impor aos seus filhos: “Ela [a igreja católica] empenhou-se sempre, desde os primeiros tempos, para que seus fiéis tivessem nomes santificados”.

    Sobre esse assunto, assim se expressa R. Bluteau: “No sacramento do batismo, a imposição do nome é uma espécie de advertência para a perfeição da vida, à qual os padrinhos devem dispor os afilhados, para que um dia tenham seus nomes escritos no livro da vida e componham o número daqueles citados pelo apóstolo Paulo, cujos nomes estão no livro da vida...”

    Infelizmente, essa crendice tem sido amplamente propagada até mesmo no meio evangélico. Muitos cristãos sinceros, por desconhecerem as doutrinas basilares do cristianismo e ignorarem seus textos áureos (2Co 5.17; Gl 3.10-13; Ef 1.3), têm aceitado, passivamente, essa heresia supersticiosa.

    Segundo os apologistas dessa “superstição”, existem nomes próprios que trazem prognósticos negativos pelo fato de estarem carregados de maldição. Nomes como Jacó, Mara, Cláudia e Adriana são comumente citados pelos supersticiosos como sinônimo de mau presságio. Crêem que os mesmos trazem consigo um prognóstico negativo para o seu portador, por conta da carga de maldição que carregam. Jacó, justificam, significa “enganador”; Mara, “amarga, amargura”; Cláudia, “coxa, manca”; e Adriana, “deusa das trevas”.

    Essas declarações iniciais são bastante significativas para conhecermos melhor essa prática antibíblica, cujas raízes estão nos cultos e crenças do paganismo. É bem verdade que existem alguns nomes que, por causa de sua conotação ridícula, devem ser evitados, a fim de que o seu portador não seja exposto a situações vexatórias, irônicas, depreciativas. Mas evitar um nome por atribuir-lhe um poder misterioso, que lhe anda anexo, capaz de prever o futuro do seu portador, é cair no engano da superstição e mergulhar num mar de conceitos antibíblicos.

    O FATOR ETIMOLÓGICO

    A palavra “nome” vem do vocábulo hebraico shem e do grego, onoma. E, segundo o Dicionário Aurélio, é oriunda do latim nomen, “vocábulo com que se designa pessoa, animal ou coisa”.

    Na opinião de Cícero, “nome é o sinal característico que faz com que se conheçam individualmente as coisas”.

    Para Mansur Guérrios, “os antropônimos [nomes próprios de pessoas], quando surgiram, levavam consigo um significado que, em geral, traduzia qualquer realidade condizente com os indivíduos, seus portadores”.

    Já Aristóteles, numa abordagem mais filosófica, procurava a verdade das coisas na propriedade dos nomes. Para ele, o nome possuía a capacidade de traduzir o caráter da pessoa ou coisa que o traz.

    De acordo com os babilônios, “não ter nome era um sinal de não existir”. De fato, criam os antigos que “o nome é inextricavelmente vinculado com a pessoa do seu portador”. Era tal essa crença na antiguidade que tanto “na Mesopotâmia como no Egito, o conhecimento do nome era tido por sagrado”.

    Na lenda de Ísis, no Egito, vemos o deus Rá, mordido por uma serpente, suplicar à deusa — Maga — que o cure. Mas a deusa, em primeiro lugar, exige-lhe que pronuncie o seu nome secreto, o da sua força”. Conforme a crença egípcia, conhecer o nome de um deus era tê-lo à sua disposição.

    O FATOR BÍBLICO-TEOLÓGICO

    A Bíblia é radicalmente contra todo e qualquer tipo de adivinhação (Lv 20.27; Dt 18:9-15). E todos os crentes sabem que o ato de prever o destino das pessoas, por meio de seus nomes, é um tipo de adivinhação conhecida como “onomatomancia”, cujo significado é: “adivinhação fundada no nome da pessoa”.

    Os nomes bíblicos eram, em sua maioria, impostos ou mudados com o objetivo de espelhar ou traduzir o caráter ou o atributo do seu portador. Um claro exemplo dessa assertiva são os chamados “teónimos”, ou seja, os nomes de Deus. Eles exprimem, de modo singular, um traço do caráter divino. Nomes como: El-Eliom (Deus Altíssimo); El-Shadai (Deus Todo-Poderoso); Jeová – Jiré (O Senhor proverá); etc., falam da transcendência, da onipotência e do cuidado providencial de Deus.

    Contudo, ainda mais incisivos são os nomes chamados “teóforos”, isto é, os que trazem consigo um elemento divino (Yeshua, “Jeová é salvação”; Eliyahú ou Eliyah, “Jeová é Deus”; entre outros), pois exprimem confiança filial, gratidão, respeito para com os atributos da divindade, voto ou bênção.

    A Bíblia não faz alusão a nenhum personagem cujo caráter ou destino tenha sido alterado por conta da imposição do nome, porque os nomes não eram impostos com essa finalidade. Deus mudou o nome de Abrão, “pai elevado”, para Abraão, “pai de uma multidão”, apenas para reafirmar a promessa feita ao patriarca vinte e quatro anos, aproximadamente, antes dessa mudança (Gn 12.1-3; 17.5).

    O nome de Salomão, que quer dizer “pacífico”, por exemplo, foi escolhido por Deus antes mesmo de ele ter nascido. Seu nome prenunciava o caráter do seu reino de paz e prosperidade, assim como prefigurava o reinado messiânico. O nome Ismael, “Deus ouviu”, foi imposto sob a orientação de Deus para exprimir sua atenção à aflição de Agar.

    O nome de Isaque, que significa “riso, ele ri”, também foi escolhido pelo próprio Deus para lembrar o riso de Sara, sua mãe.

    Já o nome Benoni, “filho da minha dor”, traduzia perfeitamente o sofrimento de Raquel no momento de dar à luz.

    Mas de todos esses, o exemplo mais clássico é o de Jesus (forma grega do nome Josué, oriunda do hebraico Yeshua, que significa “Jeová é salvação”). Seu nome foi previamente escolhido por Deus a fim de proclamar a sua graça salvífica a todo aquele que crê.

    Entretanto, a despeito de todos esses exemplos, o nome bíblico mais convocado para a defesa daqueles que atribuem poder de maledicência aos nomes é o de Jacó, por isso dedicaremos a esse nome uma consideração especial.

    CONSIDERAÇÕES SOBRE O SIGNIFICADO DE ALGUNS NOMES BÍBLICOS

    Jacó

    Jacó recebeu esse nome por conta das circunstâncias do seu nascimento. Logo após o nascimento de Esaú, Jacó aparece segurado ao seu calcanhar, razão pela qual seus pais lhe chamaram Jacó, do hebraico Yaakov (preso à raiz akêb: “calcanhar”), cujo significado é: “o que segura o calcanhar”. Mas, então, de onde nos veio o significado “enganador”, tão comumente conferido ao nome Jacó?

    Veio da ira, da mágoa e da revolta de Esaú, seu irmão que, ao ver-se privado das bênçãos da primogenitura, disse: “Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou?” (Gn 27.36).

    Nessa expressão de Esaú, o nome Jacó está preso à raiz akob, com o sentido de “enganar”, passando a significar “enganador”. Mas essa etimologia é extremamente suspeita, pois está relacionada à expressão de alguém que ficou irado até a morte (Gn 27.41). Além disso, a acusação de Esaú, ao qualificar seu irmão como enganador, também não é totalmente apropriada, e dependendo do prisma em que se analisa a contenda familiar, pode até mesmo se constituir em uma inversão de papéis. Esaú estava reclamando pelo direito à primogenitura que ele próprio havia vendido para Jacó. Logo, não foi enganado. Ao contrário, vendeu seu direito para Jacó de livre e espontânea vontade (Cf. Hb 12.16,17).

    Por outro lado, dizer que Jacó enganava Labão, seu sogro, enquanto trabalhava para ele, e justificar, com isso, sua prosperidade, é excluir o agir de Deus em todo aquele acontecimento (Gn 30.27-43; 31.9-16). Sua prosperidade foi fruto da bênção de Deus que, milagrosamente, interveio na sua causa, porque, muito antes de seu nome ser mudado, a bênção divina já repousava sobre Jacó (Gn 25.19-23; 28.10-15; 27.26-29; 28.1-4).

    Um outro equívoco bastante difundido é o de que a bênção de Deus na vida de Jacó surgiu a partir do seu encontro com o anjo do Senhor em Peniel, onde teve o seu nome mudado para Israel. Em verdade, naquele encontro Jacó colheu três significativos resultados. Vejamos:

    • Uma deficiência física (Gn 32.25,31).
    • A mudança do seu nome de Jacó para Israel, que significa: “campeão com Deus, o que luta ou prevalece com Deus” (Gn 32.28).
    • Recebeu a bênção que havia pedido (Gn 32.9-12,29).

    MAS EM QUE CONSISTE A BENÇÃO QUE JACÓ RECEBEU?

    Em primeiro lugar, tanto as bênçãos espirituais quanto as financeiras Jacó já as havia recebido conforme Deus lhe havia prometido (Gn 27.27-29; 28.1-4,10-14; 30.27-43; 32.9,10; 33.11). Em segundo lugar, Jacó não recebeu a cura física, pois, mesmo depois da mudança do seu nome e de ter recebido a referida bênção, ele continuou manquejando de uma coxa (Gn 32.25,31). Posto isso, resta-nos apenas a última alternativa para ser analisada.

    Pois bem. Esaú, logo após Jacó ter tomado a sua bênção, disse: “Vêm próximos os dias de luto por meu pai; então matarei a Jacó, meu irmão” (Gn 27.41). A continuação da narrativa bíblica deixa claro que essa promessa deixou Jacó receoso de tal maneira que, quando soube que Esaú vinha ao seu encontro, “teve medo e se perturbou” (Gn 32.6-11).

    Consideremos que Jacó, no seu temor e perturbação, ora ao Senhor Deus, pedindo-lhe livramento da morte pelas mãos de seu irmão, Esaú. E, na primeira oportunidade que teve, de estar frente a frente com Deus, reiterou o seu pedido que, felizmente, foi alcançado (Gn 32.26,29). Após esse acontecimento, recobrou o ânimo e foi ao encontro Esaú (Gn 33.1-3), que o recebeu em paz (Gn 33.4-11).

    O QUE PODEMOS JULGAR DE TUDO ISSO?

    Que a bênção que Jacó recebeu em Peniel tinha a ver apenas com aquilo que ele mais ansiava: não morrer pelas mãos de Esaú, seu irmão, a quem tanto temia.

    O fato de o patriarca se chamar Jacó ou Israel não causou nenhuma alteração em sua vida. A aliança de Deus com Jacó não estava condicionada a uma mudança de nome, antes, estava condicionada, única e exclusivamente, à inefável graça divina.

    Logo, dizer que o nome Jacó pode trazer influências negativas à pessoa do seu portador é fechar os olhos para todas essas verdades espirituais, fundamentadas em provas irrefragáveis, e mergulhar no mais profundo abismo da superstição.

    Mara

    Por seu turno, o significado do nome Mara, diante de tudo o que é dito pelos onomatomantes, não passa de mera especulação. Em primeiro lugar, o nome Mara é aplicado a uma fonte de águas amargas no deserto de Sur. Depois, a uma pessoa. Então, perguntamos: “Por que razão o nome Mara seria aplicado a alguma fonte? Para que as suas águas se tornassem amargas ou por que elas já eram amargas?”. O texto bíblico responde: “Então chegaram a Mara; mas não puderam beber das águas de Mara, porque eram amargas; por isso chamou-se o lugar Mara” (Êx 15.23). Essa explicação, por si só, dispensa comentários.

    Como nome de pessoa, a única Mara encontrada na Bíblia é a que aparece no texto do livro de Rute. Na verdade, ela não recebeu esse nome de seus pais. Ao contrário, o impôs a si mesma, pelo fato de não entender o plano de Deus para a sua vida e por não conhecer o caráter bondoso e gracioso de Deus, a quem ela atribuiu toda a causa de seu infortúnio.

    Disse Mara aos belemitas que, indagando, diziam: “Não é esta Noemi?”. Ao que ela respondeu: “Não me chameis Noemi; chamai-me Mara; porque grande amargura me tem dado o Todo-Poderoso. Cheia parti, porém vazia o Senhor me fez tornar; por que, pois, me chameis Noemi?...” (Rt 1.19-21).

    "BONS" NOMES E MAUS COMPORTAMENTOS

    Joel, Abias e Zedequias


    Os filhos do profeta Samuel chamavam-se Joel (“Jeová é Deus”) e Abias (“Jeová é Pai”). No entanto, não andaram nos caminhos de seu pai e se inclinaram à avareza, aceitaram suborno e perverteram o direito (1Sm 8.1-3).

    O nome Zedequias significa: “Jeová é justo ou justiça de Jeová”. Mas, embora possua bons significados, encontramos na Bíblia um personagem com esse nome que era falso profeta. E o pior. Ele se uniu aos profetas de Baal e esbofeteou o profeta Micaías, homem de Deus, praticando a maior injustiça. E outro profeta chamado Zedequias era imoral e mentiroso (1Rs 22.11,12,24,25; Jr 29.21-23).

    Absalão, Judas, Alexandre e Tobias

    Absalão significa: “Pai da paz”. Todavia, mandou assassinar Amnom, seu irmão (2Sm 13.32). Traiu seu próprio pai, promovendo rebelião, guerra e destruição em Israel. Mas acabou morrendo tragicamente, com o pescoço pendurado no galho de uma árvore (2Sm 15 a 18).

    O significado do nome Judas Iscariotes é: “louvor, louvado”, mas nem por isso Judas deixou de trair Jesus.

    Quanto ao personagem Alexandre, cujo nome quer dizer: “defensor ou protetor dos homens”, Paulo diz o seguinte: “Causou-me muitos males” (2Tm 4.14). E referindo-se a outro personagem com o mesmo nome, o apóstolo afirma, em 1Timóteo 1.20: “Entre esses encontram-se Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a Satanás, para que aprendam a não blasfemar”.

    O nome Tobias significa: “Jeová é bom”. Mas, no Antigo Testamento, esse personagem foi opositor de Esdras e Neemias (Ne 2.10,19). Jeroboão, cujo nome significa: “o que aumenta o povo”, dividiu a nação, mergulhando-a na idolatria e conduzindo-a à destruição (1Rs 13.33).

    Se por um lado esses personagens, com nomes de significados tão aprazíveis, não viveram de acordo com aquilo que os seus nomes representavam, por outro lado temos pessoas que, apesar de possuírem nomes com significados negativos, viveram de um modo digno da Palavra de Deus.

    “MAUS" NOMES BONS COMPORTAMENTOS

    Paulo, Apolo e companheiros


    Paulo, por exemplo, significa “pequeno”. Não obstante, foi o maior dos apóstolos, um baluarte da fé, e o maior expoente do pensamento cristão. Foi ele quem lançou as bases doutrinárias da Igreja, difundiu o evangelho em quase todo o mundo conhecido de sua época.

    Apolo, apesar de o seu nome ser de um deus da mitologia grega, e significar “destruidor”, foi “poderoso nas Escrituras”, ganhador e edificador de almas, e tido como um grande homem de Deus, ao lado de Paulo e Pedro (At 18.24-26; 1Co 1.12; 3.4-6,22; 4.6).

    Entre os companheiros de Paulo, por exemplo, temos:

    Hermes - Nome de um deus mitológico. Hermas, nome derivado de Hermes, o intérprete dos deuses do panteão grego.
    Herodião - Nome derivado de Herodes que, do siríaco, significa: “dragão em fogo”.
    Ninfa - Não obstante possuir o nome de uma deusa da mitologia grega, tinha uma igreja em sua própria casa.
    Narciso - Nome de um deus mitológico amante de sua própria beleza.
    Nereu - Nome do deus marinho, esposo da deusa Dóris (ninfa marinha e mãe das cinqüenta nereidas).
    Febe - Um epíteto de Artemisa, a Diana dos efésios e deusa da Lua.
    Epafrodito - Nome derivado de Afrodite, deusa da fertilidade.
    Zenas - Derivado de Zeus, o deus supremo do panteão grego.

    Todos esses personagens, não obstante seus nomes estarem diretamente ligados aos deuses pagãos, foram homens e mulheres abençoados por Deus. Viveram uma vida pia, santa e justa na presença do Senhor, pois não sofreram as influências negativas das divindades às quais seus nomes estavam ligados. Textos bíblicos que devem ser conferidos: Romanos 16.1; 16.11; 16.14,15; Filipenses 2.25-30; Colossenses 4.15; e Tito 3.13.

    Temos, ainda, por exemplo, os quatro jovens hebreus: Daniel, Hananias, Misael e Azarias, que viveram numa corte pagã e tiveram seus nomes mudados por outros ligados às divindades babilônicas. Todavia, não deixaram de ser fiéis ao seu Deus. Pelo contrário, andaram de tal maneira na presença do Senhor que fez que o monarca da Babilônia baixasse um decreto em que todos deviam temer e tremer diante do Deus de Israel (Dn 1.7-21; 2.46-49; 3.1-30; 6.25-28).

    Daniel e companheiros

    Nome bíblico e o seu significado

    Daniel - Deus é meu juiz
    Hananias - Jeová é gracioso
    Misael - Quem é o que Deus é?
    Azarias - Jeová é auxílio, socorro

    Nome pagão e o seu significado

    Beltessazar - Bel protege o rei
    Sadraque - Amigo do rei
    Mesaque - Quem é como Aku (o deus da Lua)
    Abednego - Servo de Nego ou Nebo

    UM NOVO E SECRETO NOME

    Acreditamos que os depoimentos aqui apresentados são provas incontestáveis de que os nomes em nada podem contribuir com a pessoa do seu portador no sentido de lhe trazer boa ou má sorte, bênção ou maldição. Pois, independente dos nomes, qualquer pessoa que estiver vivendo distante da comunhão com Deus estará debaixo de maldição e, ao contrário disso, todo aquele que estiver em Cristo Jesus, mesmo que o significado do seu nome seja “destruição ou maldição”, estará debaixo da bênção, porque a bênção não vem pelo nome que a pessoa possui, mas por meio de Cristo e da sua Palavra (2Co 5.17; Rm 8.1; Ef 1.3; Jo 15.1-5,7).

    Finalmente, para coroar nosso raciocínio, evocamos do livro do Apocalipse uma passagem que nos assegura que, seja qual for o nome que venhamos a ter nesta vida, na eternidade receberemos um novo nome, compatível com a nova vida que estaremos vivendo no céu, junto do nosso amado Deus, Senhor e Salvador Jesus Cristo: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer darei a comer do maná escondido, e lhe darei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe” (Ap 2.17).

    Notas:

    1 BETTENCOURT, Estêvão D. Para entender o Antigo Testamento. São Paulo, 1959.
    2 VIEIRA, S. M. da Silva. Os nomes próprios. Lisboa, 1845.
    3 NUNES, J.J. Nomes de batismo. Lisboa, 1936.
    4 BLUTEAU R. Vocabulário de nomes próprios. Lisboa, 1936.
    5 COSTON, Bom de. Noms Propres. Paris, 1867.
    6 VIEIRA, S. M. da Silva. Os nomes próprios. Lisboa, 1845.
    7 GUÉRRIOS, Rosário Farani Mansur. Nomes e sobrenomes. São Paulo, 1994.
    8 Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova
    São Paulo, 2000.
    9 ROPS, Daniel. O povo bíblico. Porto: 1950.
    10 VIEIRA, S. M. da Silva. Os nomes próprios. Lisboa, 1845.
    11 Dicionário Hebraico - Português, Aramaico – Português. Sinodal: São Leopoldo, 1988.

    Autor: Elias Soares de Morais

    segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

    MÓBILE DE PASSARINHOS




    Eu adoro móbile. Já disse isso antes e um dia ainda vou fazer um móbile Calder. Enquanto isso vou treinando com passarinhos. Primeiro o tsuru de papel, e agora esse de tecido. Sabia que um dia todos aqueles retalhos que compro no Saara iam fazer bonito!

    PASSO A PASSO:


    Material:
    Tecidos com diferentes estampas (2 estampas para cada passarinho)
    Tesoura
    Linha
    Agulha de costura
    Enchimento de almofada (espuma)
    Gravetos
    Fio de nylon

    1. Corte os tecidos usando o molde. O corpo do passarinho deve ser cortado com o tecido dobrado, duplo.
    2. Dobre o avesso pra fora e comece a costurar a base no corpo pela ponta da cauda.
    3. Costure as partes juntas com um ponto próximo e firme. Faça ponto por ponto. Você também pode fazer uma costura indo e outra voltando.
    4. Quando chegar à ponta da base, dobre o corpo e faça um ponto na altura do peito, que vai permitir passar para o outro lado. Deixe para costurar a parte da cabeça depois.
    6. Vire o pássaro pronto para o lado correto (tire do avesso).
    7. Preencha com espuma. Como eu comprei espuma comum, cortei antes em pedaços menores para que não deixasse grumos visíveis. Não coloque espuma na cauda. Feche o passarinho.
    8. Repita o processo até obter um número suficiente de passarinhos para um móbile.
    9. Costure os passarinhos ao graveto. (Eu peguei os ciprestes das flores da semana passada, tirei as folhas e coloquei pra secar.)

    Dica: Os tecidos eu compro nas lojas da Av. Passos, no centro do Rio de Janeiro. Saem por R$2,99 o metro do retalho colorido.

    Update: Vi esse mesmo molde de passarinho (será que pegaram aqui?) à venda como sachê, com algodão perfumado dentro.

    Eis-me Aqui Senhor, Envia-me a Mim Isaías 6:1-8


    “1 No ano da morte do rei Uzias, eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono, e as abas de suas vestes enchiam o templo. 2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. 4 As bases do limiar se moveram à voz do que clamava, e a casa se encheu de fumaça. 5 Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!  6  Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7 com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. 8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Isaías 6:1-8 RA)

    1. Introdução

    Os dias de Israel, na época de Isaías, não eram dias fáceis. Um sentimento de desgosto nacional existia no coração do povo. No campo da espiritualidade as pessoas estavam distante de Deus. Eles faziam sacrifícios profanos em lugares que antes eram dedicados a Deus. Eram tempos de insegurança e de incerteza quanto ao futuro da nação. Cidades estavam desoladas, campos estavam destruídos, o trono estava vazio, o orgulho de ser um judeu e de se morar na nação israelita estava ferido.

    Os cultos religiosos oferecidos nos templos não eram mais aceitos por Deus.

    Em tempos assim, Deus levanta vozes proféticas, homens e mulheres que se transportam a sua mensagem para o povo. E de repente no meio daquela multidão marcada pelas dores e sofrimentos surge uma voz profética que clamava:  (Is. 1:4-5) “4 Ai desse povo mau,essa gente cheia de pecados!Todos são ruins, todos são perversos. Eles abandonaram o Senhor, rejeitaram o Santo Deus de Israel e viraram as costas para ele. 5 Por que vocês continuam a pecar? Será que querem receber mais castigos?”.

    As palavras de Isaías, cuidadosamente escolhidas por Deus, voavam como flechas velozes a encontrar o seu alvo. Em meio a multidão muitos esforçavam-se para ouvir. Outros fechavam os seus punhos e murmuravam. Outros baixavam as suas cabeças e choravam silenciosamente. Para uns a palavra profética do Senhor era um instrumento de conserto e restauração, para outros um instrumento de condenação e justiça.

    Em tempos de Crise, Deus sempre desperta a Igreja para anunciar sua mensagem para todos aqueles que estão distantes de seu amor e misericórdia. A tarefa de um profeta, é solitária, porque Deus o desperta para falar e anunciar a respeito de verdades que confrontam a situação espiritual de muitas pessoas.

    Mas, é nesse tempo de crise que Deus dá ao profeta Isaías uma grande visão. Gostaria de examinar esta visão e tirar algumas lições práticas

    2. Desenvolvimento

    O que observamos na visão de Isaías?

    2.1 - Isaías vê um trono  eterno que nunca ficará vazio

    ” 1 No ano da morte do rei Uzias, (àUma visão da glória, soberania e majestade de Deus num trono de glória eterna) eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono,…”.

    A visão de Isaias 6, veio no “…no ano da morte do rei Uzias…”. Embora Uzias tivesse sido um bom rei para o povo, construindo um reinado longo e próspero, muitas pessoas em seu reino, haviam se afastado de Deus.

    Portanto, agora o trono estava vazio. E isto causava desesperança e insegurança, pois pessoas poderiam lutar e se matar por uma disputa pelo poder. Imagine comigo as conseqüências de um trono sem um rei.

    Mas, é naquele momento, que o profeta vê numa visão um trono que nunca ficará vazio. Em um momento de incerteza, Deus dá uma certeza a Isaias. No cap. 6:1, Isaías diz: “…Eu vi o Senhor assentado sobre um alto e sublime trono…”. Um trono estava vazio na terra de Israel, mas Deus mostra que o trono celestial, majestoso e eterno do Senhor nunca ficará vazio.

    A visão do trono de Deus acalma e alegra o coração do profeta Isaías. No meio de tanta inquietação e agitação Isaias declara: “eu vi o Senhor…”.

    Estamos numa época de crises políticas, com gente que sofre com o desemprego, com a pobreza, com as crises que atingem as famílias. Eu sei que você tem muitos problemas grandes em sua vida. Há poucos dias atrás, um pai chorava copiosamente, ao perder seu filho num tiroteio, e não conseguia entender o porque de tudo isso. Mas lembre-se irmão: Deus está no seu trono. Isto quer dizer que Ele é quem esta no comando de tudo, Ele é quem governa e dirige tudo. Acalme-se, O Senhor está em seu trono. E a sua glória e poder são maiores que seus problemas e crises.

    2.2 - Isaías vê a presença do Senhor sobre a Igreja.

    Verso 1 “… e as abas de suas vestes enchiam o templo…”.

    Nesta visão do Senhor em seu trono, Isaías tem uma grande prova de que Deus esta ao seu lado, proporcionando sua proteção. Isaías vê que “…as abas de suas vestes enchiam o templo…”.

    A visão das vestes do Senhor sobre o templo, comprovam que Deus esta presente com sua glória dentro da Igreja. Apesar da Igreja viver num mundo corrompido pelo pecado, apesar do povo de Deus enfrentar aflições e lutas difíceis, a presença poderosa do Senhor enche o templo. Quando Isaías vê isto ele se acalma e tem a certeza que mesmo vivendo no meio de um caos e desordem, a proteção e a presença do Senhor estavam sobre sua vida.

    No livro de Atos, vemos que a Igreja do Senhor era perseguida. Eles não podiam nem sequer se reunir em templos. Mas a Bíblia diz que o Senhor acrescentava a cada dia, aqueles que iam sendo salvos. Isto acontecia porque Deus estava presente naquela Igreja, todos os dias.

    Nós podemos ter a certeza, desta presença viva e constante do Senhor em nossas vidas, em todas as épocas e momentos. Lembre-se da promessa do Senhor Jesus: “…E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século.”  (Mateus 21:20)

    2.3 - Isaías tem uma visão da santidade do Senhor.

    “2 Serafins estavam por cima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobria o rosto, com duas cobria os seus pés e com duas voava. 3 E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, santo, santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória.”

    Em certo momento da visão, Isaias passa a ver serafins ou anjos. Existem detalhes importantes aqui. Estes serafins cobrem os seus rostos e pés. Eles fazem isto por causa da santidade do Senhor, da glória de Deus que estava naquele lugar. Eles cobrem seus corpos em sinal de temor e respeito diante da presença do Senhor. Quanta gente não tem nenhum respeito e reverencia na presença do Senhor!

    Mas, estes serafins estão constantemente adorando ao Senhor dizendo: “santo, santo, santo é o Senhor dos exércitos, toda a terra está cheia da sua glória…”. (verso 3). Estes serafins declaram a santidade do Senhor.

    Em uma época de decadência espiritual e moral era importante que Isaías visse Deus em toda a sua santidade. E assim também que veremos o Senhor um dia. Ver Deus em sua santidade, motiva o profeta a anunciar a mensagem do Senhor.

    Nós também precisamos descobrir a santidade do Senhor. Nossas lutas diárias, ao lado das pressões sociais e de nossas fraquezas, estreitam a visão que temos do Senhor. O Senhor é santo para todo sempre.

    Ele também diz: “Sede santos”. Vivemos num mundo profano, mas somos um povo santo separado para o Senhor. Somos a luz do mundo, somos o sal da terra.

    Há uma frase que tem impactado o Brasil afora: “NÃO SOU MAIS UM PECADOR LUTANDO PARA SER SANTO. SOU UM SANTO LUTANDO CONTRA O PECADO!”

    2.4 - Uma grande conclusão: A convicção de pecado.

    “5 Então, disse eu: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! 6 Então, um dos serafins voou para mim, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; 7 com a brasa tocou a minha boca e disse: Eis que ela tocou os teus lábios; a tua iniqüidade foi tirada, e perdoado, o teu pecado. 8 Depois disto, ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Disse eu: eis-me aqui, envia-me a mim.” (Isaías 6:1-8 RA)

    Muitas vezes, cantamos aqui na Igreja: “… eu vejo a glória do Senhor hoje aqui, a sua glória o seu poder sobre mim”. Muita que canta isso, mas não esta vendo ou sentindo a glória do Senhor.  Às vezes, as pessoas vivem e cantam o que não estão experimentando. Cantamos por achar bonito. Quando um homem vê a glória, não é mais o mesmo.

    Isaías viu a glória de Deus, e diante dessa experiência ele cai em si e diz: “5 ….Ai de mim, Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros…. os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos exércitos!” Ao ver a glória de Deus, Isaias tem consciência do quanto era pecador, e clamou pela misericórdia de Deus, a ao mesmo tempo agradeceu a Deus por ter tido o privilégio de ver o que poucos mortais puderam ver com seus olhos. Ao ver a glória de Deus nós reconhecemos que somos pecadores e precisamos da misericórdia do Senhor.

    Depois que Isaías reconhece o seu pecado e sua necessidade do perdão purificador de Deus, um serafim vem com uma brasa. Aquele anjo toca a boca de Isaias com aquela brasa. Esta brasa nos lembra do fogo purificador do Espírito Santo. Em números 31:23, Deus diz: “…tudo o que pode suportar o fogo fareis passar pelo fogo, para que fique limpo….”. O fogo é purificador.

    O anjo diz ao profeta: “Eis que a brasa tocou os teus lábios, e a tua iniquidade foi tirada, e purificado o teu pecado“(verso 7) O que vemos aqui, é Deus vir ao encontro do pecador e purificado com sua graça e o sangue do seu filho Jesus Cristo. Deus veio um dia ao seu encontro, tocou tua vida, tua iniqüidade foi tirada, e purificado o teu pecado.  E por isso que devemos pedir: “Senhor, me purifica de todo pecado…”.

    3. Conclusão

    A experiência de Isaías é tremendamente maravilhosa: 1) Ele vê a glória de Deus, 2)reconhece sua condição e então 3) é purificado do seu pecado.

    Depois de tudo isso, Ele ouve a voz de Deus lhe perguntar: “Isaias, a quem enviarei, e quem há de ir por nós?” (verso 8). O que eu observo aqui, é que Deus preparou Isaias para ser um vaso usado por Deus. Então meu irmão, Deus nos prepara antes de nos enviar.

    Diante do apelo do Senhor, Isaías diz: “Senhor, eis-me aqui, envia-me a mim”. Antes de ir para falar aos que o rodeavam sobre a mensagem de Deus, Isaías foi purificado, confessou seus pecados, submeteu-se ao controle do Senhor.

    Que neste momento, você também possa se colocar diante do Senhor e dizer: Senhor, abre os meus olhos, como fizeste com Isaias, para que eu possa ver a tua glória. Senhor, eu preciso do teu perdão. Me purifica de meus pecados. Pai, eu coloco a minha vida em tuas mãos. Eis-me aqui!

    |  Autor: Pr Josias Moura

    sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

    Flechas na Mão do Valente

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    Flechas na Mão do Valente


    “Como flechas na mão do valente, assim são os filhos da mocidade. Bem-aventurado o homem que enche deles a sua aljava; não serão confundidos, quando falarem com os seus inimigos à porta”. (Salmo 127.4,5)

    Flechas na mão do valente. Esta é uma afirmação bíblica profunda. Vejo nesta frase um princípio a ser aplicado na criação dos nossos filhos, e acredito que o mesmo também se aplique aos nossos filhos espirituais, nossos discípulos.

    Antes de tudo, quero reconhecer o contexto em que a afirmação é feita; o versículo seguinte fala do homem que enche deles (filhos-flechas) a sua aljava e não será envergonhado diante do inimigo à sua porta. Portanto, isto fala de filhos literais ajudando um pai a se proteger; neste sentido, podemos vê-los como parte da defesa diante do inimigo e como uma família deve aprender a lutar junta.

    Mas também vejo uma outra aplicação para esta frase. Precisamos aprender a criar e liberar nossos filhos para a vida. O que um valente (outra versão usa o termo guerreiro) fazia com uma flecha? Ele a atirava para longe de si. Ele a lançava para atingir um alvo.

    Nós pais (e falo como pai de dois filhos) temos uma inclinação natural a sermos super-protetores. Nunca entendi a preocupação de meus pais comigo enquanto eu era criança. Não entendia porque tudo parecia ser tão perigoso aos olhos deles. Achava que muitas vezes eles me sufocavam com suas preocupações, orientações, conselhos, advertências, etc. Mas alguns segundos depois que meu filho primogênito nasceu, eu imediatamente os entendi. Algo inexplicável tomou conta de mim! Era um amor e preocupação que só um pai ou mãe entende. Ficava imaginando que se ele fizesse tudo que fiz quando criança eu me preocuparia demais…

    É engraçado isto. Você promete para si mesmo que quando crescer e for pai fará tudo diferente do que seus pais fizeram com você, mas quando chega a sua vez, sua visão muda! E você se lembra das palavras que eles proferiam (e você não suportava ouvir):

    “Quando você crescer e estiver no meu lugar vai entender”.

    Na infância e na condição de filhos, abominávamos a super-proteção. Achávamos que os pais não tinham que participar de determinadas escolhas, como relacionamentos de amigo(a)s, namorada(o)s ou mesmo a escolha da profissão. Agora depois de adultos, acabamos por concluir que os pais estavam certos, deveriam mesmo proteger seus filhos. Mas acho que quando chega a nossa vez de exercer a proteção, acabamos nos esquecendo de algo importante: o cuidado paterno (ou materno) não pode ser egoísta.

    Às vezes, interferimos na escolha de relacionamentos (amizade, namoro) como se estivéssemos escolhendo alguém para nós. Às vezes, planejamos a vida profissional de nossos filhos querendo compensar nossas próprias frustrações. A verdade é que temos que preparar nossos filhos para a vida. Uma hora eles terão que sair de casa e viver sua própria vida. E, se os protegermos deste momento, não apenas criaremos problemas para eles, mas também teremos problemas!

    Flechas na mão do valente. Um valente atira suas flechas com força, para atingir o alvo de longe. Se quisesse atingir o inimigo de perto, um guerreiro daquela época provavelmente usaria uma espada. Precisamos aprender a lançar nossos filhos para a vida, e desejar lança-los longe. Isto não significa que vamos nos afastar ou que queremos distância, mas que precisamos pensar grande a respeito deles. Nossa criação não deve ser egoísta, centrada em nós mesmos. Não podemos querer que nossos filhos fiquem somente por perto. Talvez uma vida melhor só será provada por eles em outra cidade, estado ou mesmo país.

    Flechas na mão do valente. O valente atira suas flechas visando acertar um alvo. Como pais, precisamos ajudar nossos filhos a entenderem sua vocação e aptidões profissionais. Meu pai dizia desde que eu era criança que eu seria um filósofo. Sempre que me via pensativo, ele declarava isto. E de fato, sempre gostei de pensar e questionar tudo. Meu pai reconheceu depois de muitos anos que o palpite dele estava correto, e me encorajou a ser um pensador e questionador do comportamento cristão em meu ministério de ensino. Os pais devem ajudar seus filhos a entender seu alvo a ser alcançado e, em acordo com eles, lança-los em direção a este alvo!

    Meus pais sofreram quando aos meus dezoito anos de idade passei a estar longe deles viajando para pregar o Evangelho, e logo depois, quando me mudei para outro estado onde casei-me e tive meus filhos. Eles preferiam que eu morasse e vivesse por perto, mas entenderam que Deus tinha um plano para a minha vida (um alvo) e me atiraram em direção a este plano. Há o tempo em que as flechas (filhos) ficam na aljava e há também o tempo em que devem ser atiradas para o alvo.

    Quando pedi a Kelly em casamento, cada um de nós morava num estado diferente; eu no Paraná e ela em São Paulo. Eu já estava pastoreando e a Kelly estava entrando na Universidade. Conversei seriamente com ela que a única forma de levarmos adiante nosso relacionamento era com ela vindo para o Paraná, e ela decidiu isto. Lá em São Paulo, ela tinha passado no vestibular da Universidade e curso que queria fazer, mas decidiu fazer outro curso no Paraná apostando não só no nosso relacionamento, mas no chamado de Deus para nós no sul do país. Foi uma decisão difícil. Eu sei disto, saí cedo de casa, e não cresci planejando isto.

    Nesta fase difícil de decisão, a Kelly conversou com seus pais. O pai dela perguntou se era isto que ela queria e, ao saber que sim, disse-lhe que a amava e como queria o melhor para ela, então ele a abençoava. A mãe dela sofreu mais, pois elas sempre foram muito ligadas. Minha sogra não conseguiu ser racional como meu sogro, uma vez que as mulheres são mais emocionais mesmo. Mas ela foi orar a respeito, e naqueles dias teve um sonho. Sonhou que a Kelly estava diante de um trem que passava em velocidade, sem parar e, de repente, pulava dentro dele. Era uma questão de vida ou morte; acertar ou não a porta aberta do trem poderia por fim a tudo, e ainda havia a questão da queda no interior do vagão que passava em velocidade. Porém, no momento em que a Kelly pulou, a cena ficou como um filme em câmera lenta; minha sogra viu a sua filha passando direitinho pela porta aberta do trem, viu que o vagão era todo almofadado – o que fazia com que soubesse que ela não se machucaria ao cair dentro – e quando a Kelly caiu dentro do vagão tudo voltou a ficar depressa e ela viu o trem indo embora. Minha sogra entendeu que a filha estava diante de uma oportunidade única, e ainda que decidindo de forma repentina e não planejada Deus estava no controle e tudo iria ficar bem – apesar da Kelly estar sendo levada para longe dos pais. Então ela entendeu o alvo e atirou sua flecha; abençoou a partida da filha (e eu agradeci muito a Deus).

    Foi o que os pais de Rebeca fizeram. Quando o servo de Abraão saiu atrás de uma esposa para Isaque, encontrou Rebeca e lhe fez a proposta, tanto a ela como à sua família (Gn 24.15-49). E o que o relato bíblico diz que fizeram? Ouviram o que Rebeca desejava, concordaram que Deus estava naquilo e a abençoaram para que vivesse o melhor de Deus! Observe:

    “Disseram: Chamemos a moça e ouçamo-la pessoalmente. Chamaram, pois, a Rebeca e lhe perguntaram: Queres ir com este homem? Ela respondeu: Irei. Então, despediram a Rebeca, sua irmã, e a sua ama, e ao servo de Abraão, e a seus homens. Abençoaram a Rebeca e lhe disseram: És nossa irmã; sê tu a mãe de milhares de milhares, e que a tua descendência possua a porta dos seus inimigos. Então, se levantou Rebeca com suas moças e, montando os camelos, seguiram o homem. O servo tomou a Rebeca e partiu”. (Gênesis 24.57-61)

    O mesmo vale para nossos filhos espirituais. Há líderes que querem ter consigo para sempre os ministérios que os auxiliam. Mas não podemos ser egoístas, não podemos pensar somente em nós e nosso conforto. Devemos lançar nossos filhos para atingirem o alvo. Temos exemplos bíblicos disto:

    “Havia na igreja de Antioquia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, por sobrenome Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, colaço de Herodes, o tetrarca, e Saulo. E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os despediram”. (Atos 13.1-3)

    Quando chega o momento de alguém seguir o plano de Deus para a sua vida, precisamos ter a coragem de toma-los como flechas e atira-los em direção ao alvo do seu chamado em Deus. Não acredito numa mesma equipe ministerial envelhecendo junta. Alguém sempre será enviado a realizar algo mais. Faz parte da dinâmica do Reino de Deus. As flechas não existem para permanecerem sempre na aljava. Ficam ali só até que a hora de serem lançadas chegue.

    A Preparação das Flechas

    As flechas naqueles dias eram feitas manualmente. Exigiam trabalho artesanal e personalizado. Se o guerreiro quisesse ser bem-sucedido ao atirar suas flechas, deveria antes ter investido nelas. Também vejo um paralelo nesta verdade. Acredito que os filhos devem aprender a trabalhar com seus pais. Mesmo antes de sair de casa, nossos filhos devem aprender a trabalhar e a não serem preguiçosos:

    “O que ajunta no verão é filho sábio, mas o que dorme na sega é filho que envergonha”. (Provérbios 10.5)

    Também vemos numa parábola contada por Jesus (que usava ilustrações do dia-a-dia do povo) que um pai pede a seus filhos que o ajudem no trabalho da vinha:

    “E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor; porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este respondeu: Não quero; depois, arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram: O segundo. Declarou-lhes Jesus: Em verdade vos digo que publicanos e meretrizes vos precedem no reino de Deus”. (Mateus 21.28-31)

    Nos tempos antigos, era normal que um filho aprendesse o ofício de seu pai. Por exemplo, Jesus foi chamado de carpinteiro do mesmo modo como José, seu pai (adotivo) também foi; em Mt 13.55 ele é chamado de o filho do carpinteiro, enquanto que em Mc 6.3 é chamado de carpinteiro. Mas alguns filhos, ao crescerem, vão desenvolver aptidões próprias dos dons e talentos que Deus deu a eles; portanto, acredito que não devemos apenas ensina-los a fazer o que fazemos, mas tudo o que for bom e importante para seu futuro. A Bíblia fala de Lameque, que teve três filhos e cada um desenvolveu uma aptidão diferente, embora depois passassem a ensinar as mesmas atividades aos seus filhos:

    “Lameque tomou para si duas esposas: o nome de uma era Ada, a outra se chamava Zilá. Ada deu à luz a Jabal; este foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado. O nome de seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta. Zilá, por sua vez, deu à luz a Tubalcaim, artífice de todo instrumento cortante, de bronze e de ferro; a irmã de Tubalcaim foi Naamá”. (Gênesis 4.19-22)

    Os filhos devem ser ensinados e preparados a serem auto-sustentáveis antes de estabelecerem a própria família. Este também é um princípio bíblico:

    “Cuida dos teus negócios lá fora, apronta a lavoura no campo e, depois, edifica a tua casa”. (Provérbios 24.27)

    Ninguém deve se casar sem ter condições de se manter. O texto sagrado revela que os negócios devem ser preparados, o campo deve estar em ordem para somente depois se edificar a casa!

    Muitos se casam ainda dependendo de seus pais para se manter. Isto é errado. O cordão umbilical deve ser cortado! Deus estabeleceu isto desde o princípio; o homem deve DEIXAR seu pai e sua mãe e constituir nova família com sua mulher:

    “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. (Gênesis 2.24)

    A palavra hebraica traduzida como “deixar” é “azab” e, segundo a Concordância de Strong, significa: “deixar, soltar, abandonar, afastar-se de, deixar para trás”. Não é difícil entender isto. Criamos nossos filhos para que eles nos deixem, para que sigam suas vidas e devemos prepara-los (e também a nós) para tal.

    Acredito que com a mesma mentalidade devemos formar os filhos espirituais e ministeriais. Devemos prepará-los para serem enviados e para encontrarem o melhor de Deus para si. Nossos filhos são flechas. E os valentes responsáveis por atira-los somos nós. Que Deus nos dê graça para isto!

    |  Autor: Luciano Subirás