sábado, 29 de junho de 2013

Roda de escarnecedores, eu?

Saiba quando você participa dela Escarnecer significa troçar, zombar, chacotear. Na prática, escarnecedores são todos aqueles que se unem para falar mal dos outros. Se alguém está como ouvinte de uma conversa onde pessoas falam mal de outra pessoa, ainda que o ouvinte não dê sua opinião é conivente com o que estão falando. Eis aí uma roda de escarnecedor. O cristão precisa fugir da aparência do mal. Rir e debochar de alguém, fazer zombaria, maldizer, fazer piada, ridicularizar, tudo isso é abominável para o Senhor. Muitas pessoas se sentem tão atraídas a participar dessas rodas que não percebem o quanto estão se afundando cada vez mais. Alguns cristãos não compreendem porque algumas áreas de suas vidas não crescem. É preciso estar atento ao que diz a Palavra de Deus, pois Ele orienta o homem a “examinar” a escritura e não somente ler. Antes, o seu prazer está na Lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. (Salmo 1: 2) A Palavra de Deus deixa três conselhos práticos para uma vida próspera e muito feliz: Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. (Salmos 1:1) 1º Não andar no conselho dos ímpios: Uma pessoa de Deus não pode tomar decisões em sua vida segundo o conselho de um ímpio. Em síntese, ser ímpio é todo aquele que rejeita a DEUS e Seus ensinamentos em Sua Palavra. Isso não significa que a pessoa não seja uma pessoa de fé ou de boa índole, porém, não anda segundo a Palavra de Deus e seus ensinamentos, mas segundo sua própria visão. 2º: Não se deter no caminho dos pecadores: Uma pessoa que quer ser bem-sucedida não pode trilhar o caminho dos pecadores. Esse caminho é o da desobediência expressa às ordens de Deus. Pecar é errar o alvo, este é o significado básico da palavra hamartia (pecado), Deus criou o homem e estabeleceu um alvo para que todo ser humano possa alcançar este alvo que é o de ser filho de DEUS. 3º: Não se assentar na roda dos escarnecedores: Existem pessoas que só porque são crentes acham que podem zombar de outros religiosos e de pessoas que não comungam com a sua fé. Erram e pecam pesadamente esses. No livro de Gálatas 6: 7, a Palavra de Deus declara: Não vos enganeis. De Deus não se zomba, pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. O que o verdadeiro cristão precisa é ter uma vida de oração e propósito, estudar a Bíblia e expor a sua mensagem com amor para as pessoas. É o Espírito Santo que tem todo o poder para convencer o pecador, do pecado, da justiça e do juízo. (Eu escolho viver o melhor de Deus)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Agar

Agar era uma mulher egípcia. Levada a uma terra estranha para servir a Sara, mulher de Abraão. Deixando para trás sua parentela, seu dialeto, cultura, crenças e seu país: o Egito; onde havia fartura de alimentos, para adentrar a uma terra árida: o deserto; com pessoas de costumes e tradições diferentes. Onde falavam um outro idioma, no qual ela teria que aprender para sua sobrevivência. E como toda serva; Agar estava pronta para servir a sua senhora. Certa feita Sara, no qual era estéril, manda Agar sua serva deitar-se com seu senhor, para assim coabitar com ele, e gerar um filho para ela. Ainda que Agar tenha sido chamada para ser serva e não concubina, como serva leal e obediente, prontamente atendeu ao pedido de sua patroa, coabitando com seu patrão, vindo a gerar uma criança. Agar sabia que aquele filho que estava gerando não seria seu, no entanto, pode sentir a cada dia a transformação de seu corpo. Seus seios preparavam-se para ser a fonte de alimento do rebento; e estrias em seu corpo anunciavam que sua barriga estava crescendo, dando lugar para a criança desenvolver. E como toda mulher grávida, Agar, além de experimentar as mudanças físicas em seu corpo, pode sentir também as mudanças emocionais e psicológicas. Toda mulher grávida sonha em criar seu filho, alimentá-lo, instruí-lo, vê-lo crescer e ser alguém de destaque, bem sucedido nesta sociedade, embora corrompida. E dizer: Eu o instruí! Contudo, Agar sabia que esta tarefa estava designada a Sara, pois ela somente estava gerando um filho que após sair de sua madre seria entregue aos braços de sua senhora. Mesmo grávida, não deixou de ser serva para ser esposa de Abraão, ficou em seu posto, atendendo aos caprichos de sua senhora. Sabemos que a mulher grávida fica mais suscetível devido às alterações hormonais que ocorre em seu organismo. Algumas exprimem mais necessidade de afeto e atenção de seu esposo e familiares. Outras se sensibilizam com mais facilidade aos fatos que ocorrem ao seu redor. No entanto, Agar jamais poderia exprimir tais atitudes, ou ter tais desejos, mesmo porque ainda que grávida, era considerada mãe solteira, e seus parentes também não estavam perto dela para a ajudarem neste momento tão delicado. Estrangeira e sem família, Agar pode sentir a dor da solidão. Apesar de ser uma mulher fértil, escolhida por sua senhora para gerar-lhe um filho, Agar sentiu o desprezo de Abraão. Outrora tivesse coabitado com ela, ainda assim, tinha como primazia sua esposa Sara; a qual havia sido escolhida por Deus para ser a mãe de muitas nações, mesmo que eles não tivessem esperado o tempo oportuno de Deus para que fosse realizada esta promessa divina. Agar sentindo a criança em seu ventre entendeu que estava em vantagem em relação a sua senhora, pois a mesma era estéril e avançada sua idade, então a despreza, a ponto de Sara sentir-se fragilizada, reagindo então às atitudes de sua serva, humilhando-a, e Agar foge rumo ao deserto. Deus faz promessas a Agar No deserto, Agar encontra uma fonte de água, e o Anjo do Senhor aparece a fim de acudi-la na sua aflição. Permitindo que ela saciasse não só sua sede física, más que experimentasse também da sua graça e da sua misericórdia. O Anjo do Senhor escuta suas queixas, porém, manda que ela volte e humilhe-se perante sua senhora, pois ela fora chamada como serva, e sendo serva, seu dever era o de servir. No tocante a esta situação, o Anjo do Senhor faz-lhe promessas, garantindo continuidade a sua descendência e a de seu filho Ismael, predizendo que da semente dele sairia uma grande nação. Mostrando a Agar, ainda que Deus houvesse escolhido Sara para ser a mãe de muitas nações, jamais desprezaria ela e a seu filho.Agar creu nas promessas que o Anjo lhe falara, e voltou para junto de sua senhora e humilhou-se perante ela. Deus revela-se novamente a Agar no deserto No tempo determinado por Deus, Sara dá a luz a Isaque, e toda sua atenção passa a ser voltada para o menino, rejeitando então a Ismael. Quando Isaque foi desmamado, seus pais deram um grande banquete, porém a Bíblia não relata fato similar quando Ismael fora desmamado. Certo dia Sara vê Ismael caçoar de Isaque e irada, pede a seu marido que os despeça, pois não queria que Ismael fosse herdeiro juntamente com Isaque. O Senhor lhe diz para que faça segundo a vontade de sua esposa. Deus vê a tristeza de Abraão em ter que tomar tal postura, porém, jamais deixaria que Abraão permeasse com suas atitudes. Mesmo porque Deus não desampararia Agar e Ismael, pois ele também era seu descendente. Abraão despede-os com um odre de água e um pão, e Agar sai com seu filho errante pelo deserto, sentindo-se rejeitada, massacrada, desiludida, e com amargura na alma. Como serva, procurou servi-los em tudo quanto lhe foi designado; e por sua senhora, sofreu as dores de parto, permitindo que uma criança viesse ao mundo. Quem sabe Agar, sentiu-se usada e traída por seus senhores. E quando se acaba a água do odre, não tendo alternativa, pois estava só no deserto. Coloca seu filho embaixo de um arbusto e afasta-se para que não ver o menino morrer. Então levanta a voz em desespero e chora amargamente. Porém Deus escutou a voz do menino que chorava e o Anjo do Senhor, revelou-se novamente a Agar. Pois ainda que Sara havia rejeitado a Ismael, mandando-o embora de sua presença; Deus havia feito anteriormente uma promessa a Agar e jamais a quebraria. E Deus, em sua excelência, preparou para Agar e Ismael, um poço com água fresquinha para alimentá-los fisicamente e espiritualmente em sua longa caminhada. Deus nos relata sua palavra no livro de Gênesis. Precisamente no capítulo 21, e versículos 20-21: “E Deus estava com o rapaz, que cresceu, habitou no deserto e se tornou um flecheiro. E habitou no deserto de Parã; e sua mãe tomou-lhe mulher da terra do Egito”. Deus jamais quebra sua aliança, um dia ele prometeu a Agar, e nunca deixou de cumprir. Quem sabe... Você esta passando por uma situação parecida com a de Agar, onde devido a algumas circunstâncias teve que deixar sua casa, seus parentes, amigos, quem sabe até sua cidade ou seu país em busca de um ideal; e agora você está sofrendo, sendo humilhado, rejeitado, por ter acreditado um dia que as pessoas não fazem diferença uma das outras, e que valeria a pena tudo o que você investiu neste propósito. Quem sabe... Você errou num determinado ponto de sua vida, e as pessoas estão te massacrando por isto, dizendo que não há perdão para o teu erro! E neste momento de auto-análise, você nota que talvez deveria ter agido diferente, ou buscado mais a Deus, pois hoje você não vê solução para o seu problema. Quem sabe... Você foi usado por alguém, e no momento em que mais precisava de um ombro amigo, lhe despediram, dando como argumento que você não servia mais para aquela função, deixando-o machucado, deprimido, sentindo-se um fracassado, esperando como Agar... Somente a morte. Quem sabe... Você está num deserto que parece que não tem fim, e olha para um lado e só vê dunas de areia, olha para o outro e não vê ninguém que possa lhe ajudar, e o desanimo já tomou conta de sua vida de tal maneira a ponto de você já não ter força mais para lutar. Contudo quero te dizer que Deus é o seu socorro bem presente na hora da angústia, e como Agar que estava no deserto, entregue a morte, com seu coração dilacerado, angustiada, e quem sabe se sentindo culpada por ter concebido a Ismael e agora, sem teto para morar, sem comida, sem água, desamparada, tendo que ver seu filho morrer a mingua; porém quando Agar levantou a sua voz e abriu seu coração, dando lugar para a lágrima sincera e entendendo que ela sozinha nada poderia fazer, DEUS entra em cena, declarando seu amor, seu cuidado e atenção para com ela e seu filho, providenciando água fresquinha, saciando sua sede e sua solidão. Deus jamais quebrou sua promessa. Ainda que sejamos infiéis, Ele permanece fiel em suas palavras. E por amor a nós, entregou seu único filho, o qual não conheceu pecado, ainda assim, se fez pecado por nós, sendo pendurado num madeiro, derramando seu sangue pela humanidade, para que hoje tenhamos o direito a uma nova vida, com Cristo Jesus. E somente Ele tem o poder de perdoar seus pecados, e fazer de você uma nova criatura, e se acredita nestas palavras, saiba que Ele já lhe perdoou.Pois aquele que está em Cristo nova criatura é, as coisas velhas já se foram e eis que tudo se faz novo (2.carta aos Corintíos,5:17). Jesus veio para todo aquele que deseja ter uma vida nova e eterna. Receba irmão, o perdão e a benção de Deus, e “serás como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer, prosperará” (Salmo 1:3).

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Asafe



Asafe era diretor de música nos dias de Davi e Salomão. Crente no Senhor, compôs 12 hinos que passaram a fazer parte dos Salmos. Da sua experiência com o Senhor, podia dizer "com efeito, Deus é bom". Porém, durante uma fase de sua caminhada com o Senhor, enfrentou uma crise espiritual muito grande, a ponto de declarar "quase me resvalaram os pés; pouco faltou para que se desviassem os meus passos". Como Asafe, você pode estar vivendo momentos de dúvidas e quem sabe até tenha pensado em se afastar dos caminhos do Senhor. Vendo o que levou esse levita à beira do precipício e como ele saiu de sua crise espiritual, você descobrirá que mesmo em meio a lutas, vale a pena servir ao Senhor. =D





Bom mais vamos começar conhecendo mais um pouco da vida deste grande homem chamando Asafe.
Quem era Asafe? Um judeu, da tribo de Levi, e músico por vocação e deleite. Seus instrumentos preferidos: a harpa, o alaúde e o címbalo, todos muito antigos. Nas suas apresentações usou com mais frequência os címbalos sonoros e os címbalos retumbantes, instrumentos de percussão compostos geralmente de dois discos de metal, que têm no centro uma pequena cavidade para aumentar a sonoridade. Foi designado músico e cantor pelos levitas, que tinham sob sua responsabilidade os serviços religiosos de Jerusalém. Participou do magnífico cortejo musical que levou a Arca do Senhor da casa de Obede-Edom para a tenda armada pelo rei Davi. Naquele dia o rei o descobriu e fez dele ministro de música. Porque também era músico exímio tocador de harpa e profícuo compositor de salmos , Davi deu grande ênfase à música de adoração, como expressão de louvor a Deus. Ele fazia questão de que se levantasse a voz com alegria e reservava a si a supervisão geral de toda atividade litúrgica. Eram 4 mil levitas, que, em 24 turnos, louvavam continuamente o Senhor com instrumentos fabricados por ordem do rei para esse fim. A maior parte era formada de iniciantes, que aprendiam música com os mais competentes. Era uma verdadeira escola de música sacra. Seus filhos faziam parte do corpo docente 288 mestres ao todo. Os filhos de Asafe escreveram doze dos 150 salmos que estão na Bíblia (os onze primeiros do livro terceiro e o salmo 50).


De todos os 12 Salmos de Asafe, houve que um que ao lê-lo me chamou bastante atenção. Então nesta pequena mensagem quero explicar com mais detalhes a crise que vivenciou e da qual ele fala no salmo 73... ^^


I. Asafe dentro da crise


Como Rui Barbosa, “De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus”, Asafe chegou a desanimar da virtude. E esse desânimo o levou a uma terrível crise existencial. Quase resvalaram os seus pés em direção ao abismo da incredulidade.(v.2) Pouco faltou para que ele rompesse com a idéia de um Deus sábio, bom e justo, e jogasse fora a rica tradição religiosa até então acumulada. Esteve bem perto de uma violenta mudança de pensamento e de comportamento. Quase trocou os oráculos de Deus pelo horóscopo. Quase trocou o templo do Senhor por um terreiro de macumba. Quase mandou tudo para o inferno, inclusive sua alma!


Seu problema é que ele passou a ter inveja dos pecadores. Ele dizia: “eu também sou como eles, sujeito aos mesmos sentimentos e paixões. Por uma questão de princípios e pelo temor do Senhor, eu abortava na fonte os desejos pecaminosos”:


Quantas vezes desejei vingar-me,

Quantas vezes fui açoitado pela ira,

Quantas vezes quis projetar-me,

Quantas vezes fui assaltado pelo egoísmo,

Quantas vezes a falta de recato da mulher alheia me atiçou a lascívia,

Quantas vezes senti desânimo e preguiça.

Mas o amor a Deus falou mais alto,

Meu coração guardei puro,

Resisti os maus desígnios,


No entanto o salmista ofereceu forte resistência a todos esses sentimentos e deles se privou por amor do Senhor e por causa de seu nome. De repente se sente frustrado e se pergunta: “Será que foi à toa que eu me esforcei para não pecar e permanecer puro?”.


Pois, enquanto ele crucificava a sua carne, os pecadores pareciam livres, desinibidos, evoluídos, descomplexados, bem-sucedidos, felizes, seguros, altivos e tranqüilos. O que mais o desnorteou foi a falsa impressão de que seu zelo não lhe rendia nada. Ele pensava: “Deus não me trata de modo todo especial”. “Ele não me poupa das intempéries, do cansaço, da aflição, da doença nem da disciplina em caso de erro, por menor que seja”. Outra coisa que machucava o salmista era a popularidade dos pecadores e o seu anonimato.


A crise que a que foi acometido não foi brincadeira. Demorou algum tempo e o desgastou muito. Tentou descobrir o que estava acontecendo, mas em só refletir para compreender isso, achou mui pesada tarefa para ele. Até que um dia Asafe entrou no santuário de Deus e compreendeu o fim último dos ímpios pecadores que ele estava invejando.


II. Asafe dentro do templo


Dentro do templo é outra coisa. Dentro do templo sua vida ganha outra dimensão. O que acontece dentro do templo?

Ganha-se, ou recobra-se, como foi no seu caso, a perspectiva cristã da vida, que envolve o tempo presente e a eternidade.

Renova-se a fé na existência e no caráter de Deus. Chega-se outra vez aos seus atributos invisíveis. Ele é eterno, imensurável, incompreensível, onipotente e também supremamente sábio, clemente, justo e verdadeiro.

Dentro do templo eu me senti orgulhoso, desrespeitoso e insolente por haver duvidado da justiça de Deus para comigo e para com os pecadores.

Percebi que eu havia retirado o meu voto de confiança em Deus e por isso estava perplexo.

Dentro do templo sua alma se abre e é derramada perante o Senhor a sua ansiedade, a sua aflição, a sua dúvida, a sua revolta.

Então Asafe começa a entender e ver com clareza. No templo ele se lembra, quem sabe, do salmo de Davi: “Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos que praticam a iniqüidade” (Sl 37.1). Tivesse ele memorizado melhor esse salmo, a crise teria sido mais passageira, pois o ímpio prepotente nesta vida se expande qual cedro do Líbano (v.35), mas será como o viço das pastagens: será aniquilado e se desfará em fumaça (v.20). Nada teria acontecido ao Asafe se não tivesse perdido a certeza de que “mais vale o pouco do justo que a abundância de muitos ímpios” (v.16). Tão perto dele, tão freqüentemente em seus lábios, por que razão deixou o salmista escapar o ensino e o conforto deste salmo e não o aplicou a si mesmo?


Ainda dentro do templo Asafe percebeu que o desastre ocorreu quando a crença tradicional na justiça divina começou a ser abalada em sua mente. Se há algo que precisa permanecer intocável é exatamente a certeza de que Deus “é recompensador dos que o buscam, mas justíssimo e terribilíssimo em seus juízos, odeia todo o pecado e de modo algum terá por inocente o culpado”.


Você trocaria uma vida na presença de Deus e uma eternidade na glória por prosperidade material na terra e uma eternidade no inferno? Tenho certeza que não, logo, não há motivo para você duvidar da bondade de Deus e menos ainda para invejar a sorte dos que seguem a maldade.


Conclusão:

Quando o salmista Asafe sai do templo estava refeito, curado, revivificado, alegre e disposto, e, ao mesmo tempo, solícito em alimentar-se da verdade, como ensina Davi ainda no salmo 37 (v.3). Toda a mágoa desapareceu. Dizia ele: “Os pecadores continuam a se afastar do Senhor; mas..., quanto a mim, bom é estar junto a Deus: no Senhor ponho o meu refúgio, para proclamar todos os seus feitos, em prosa e em verso, com címbalos retumbantes e com címbalos sonoros, entre gritos de alegria e louvor eu, que quase troquei a música de adoração pela música profana! Graças a Deus não me tornei pedra de escândalo para os meus 4 mil instrumentistas e cantores e toda a nação de Israel!”


Que essa experiência de Asafe fale ao seu coração e lhe transmita ensinamentos para a sua caminhada com Jesus!

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

SANSÃO - HERÓI DA FÉ


INTRODUÇÃO

O livro de Juízes registra um ciclo de pecado, idolatria, escravidão, sofrimento, arrependimento, clamor ao Senhor e, por fim, a misericórdia do Senhor, que enviava um libertador. Foi assim no tempo dos juízes. Todos eles foram levantados pelo Senhor para prover a Israel uma libertação, quando o arrependimento chegava aos corações pecaminosos.

No tempo de Sansão os inimigos eram os filisteus, que haviam dominado os israelistas em mais um ciclo de abandono do Senhor e providência do Senhor.  Os filisteus eram mais organizados como povo. Tinham príncipes, cidades-estado, exércitos e uma organização ainda incomum em Israel. Israel era organizado em tribos, que se socorriam quando havia um problema comum. Tal organização não poderia fazer frente aos filisteus. Mas mesmo em inferioridade quanto à organização para a guerra, a causa da servidão insraelita não era essa, Deus jamais permitiria que os filisteus subjugassem Israel. Isso  só aconteceu porque Israel se afastara do Senhor, e o jugo já durava quarenta anos.

Sansão era um um predestinado. Desde antes de nascer já havia uma missão da parte do Senhor para ele:

“Porque eis que tu conceberás e terás um filho sobre cuja cabeça não passará navalha; porquanto o menino será nazireu de Deus desde o ventre e ele começará a livrar a Israel da mão dos filisteus” (Jz 13.5).

Sansão cumpriu sua missão em vida. Ocorre que enganoso é o coração do homem.  O coração de Sansão desejava, desejou uma mulher chamada Dalila. Sansão era inconstante, o Espírito de Deus o dominava, o impelia, mas ele também tinha desejos mundanos.  Estava na presença do Senhor, sentia a presença do Senhor, sentia-se usado por Deus de tal forma que tornou-se arrogante, como se Deus fosse obrigado a ouvir sua oração. E Deus agia com misericórdia, Deus ouvia, Deus atendia:

“E como tivesse grande sede, clamou ao Senhor e disse: Pela mão do teu servo tu deste esta grande salvação; morrerei  eu, pois, agora de sede e cairei na mão desses incircuncisos   (Jz 15.18)¿”

Mas, apesar da ousadia, Sansão reconhecia que a vitória era do Senhor, e não dele.

Sansão tinha um segredo que somente seus pais conheciam. Era nazireu, sua força dependia de jamais cortar seus cabelos. Você também tem um segredo, coisas que o Senhor te deu. Não as confesse para que não te roubem seus dons.

Muitos evocam sempre o pecado de Sansão. Esquecem-se que Sansão amava Dalila. E ela valeu-se dessa vantagem para importuná-lo até obter o que queria. Por amor, entregou seu coração a uma mulher, que já havia dado a ele provas que não era digna de confiança. Mas, ainda assim, ele confiou.

OLHOS ABERTOS  - VISÃO PARA VER

A história é conhecida. Dalila descobriu seus segredos, cortou-lhe os cabelos e a força de Sansão afastou-se dele. A partir daí perdeu tudo:  sua força (Jz 19.7), perdeu sua honra (19.25, zombavam dele), perdeu a visão (19.21 – arrancaram-lhe os olhos), perdeu a  esposa (19.19), perdeu os amigos (19.16) e, o pior, perdeu a presença do Senhor (19.20).

Então, Sansão viu-se nas mãos de seus inimigos.

Quantos amigos tinha? Não sabemos, mas Sansão era um guerreiro solitário. De forma diferente dos outros juízes, os israelitas não deram apoio algum a Sansão (Jz 15.10). Porém, usufruíram das vitórias de Sansão.

Mas todos respeitavam Sansão. Todavia,  quando o inimigo prevaleceu todos o deixaram. Suas forças e sua sagacidade não mais podiam ajudá-lo. Era um joguete nas mãos do inimigo, Dagom, o deus dos filisteus havia prevalecido. E a culpa era exclusivamente de Sansão.

A história de Sansão, ao contrário do que muitos imaginam, é uma das mais importantes lições que alguém pode aprender.

Vamos a ela. Somos um personagem, ocupamos um espaço no jogo da vida, na sociedade. Mas quando esse personagem deixa de ocupar o espaço que a vida lhe reservou algo acontece. As pessoas o abandonam, é desprezado, ninguém demonstra amor, nem mesmo aquela pessoa em quem ele tanto confiara. Outra lição é que o inimigo atacará sempre no ponto fraco, e à traição. Outra lição é que nas lutas e provações conhecemos melhor ao Senhor nosso Deus, aprendemos que o mundo, e o que nele há, não passa de esterco.

Sansão era arrogante, senhor da situação, não conhecia derrota. De repente, olhos arrancados, correntes, jugo, escravidão, zombaria, desprezo, todas as áreas da vida de Sansão foram afetadas de um só golpe. Aquele que costumava destruir o inimigo com um só golpe, foi abatido também com um só golpe.

Ninguém sabe por que os filisteus não o mataram logo após sua captura. Por que não? Ouça! O inimigo também tem planos, primeiro ele vai querer desfrutar da vitória, zombar, desmoralizar, destruir. Quando só restar um espantalho, então ele mata. Era o que o inimigo pensou estar fazendo com Sansão. Era uma estratégia já anunciada, um jogo que o inimigo já jogara antes, e que vencera com facilidade.

Mas não deu certo com Sansão. Sabem por que¿  Porque ele reteve a fé.
Por mais paradoxal que possa ser, a melhor coisa que aconteceu com Sansão foi ter os olhos vazados. Foi aí que ele começou a enxergar. Uma dura lição.

Primeiro, ele aprendeu que o coração do homem é enganoso. Ele havia confiado nas pessoas erradas. Ninguém intentou socorre-lo em sua desgraça. Aqueles que foram privilegiados pela força de Sansão não se ajuntaram, não se uniram para socorre-lo. Ninguém acreditava mais em Sansão. Era, digamos assim, um caído.

HERÓI DA FÉ

Deus provou a todos. Provou a fé de todos. E, por incrível que pareça, somente Sansão demonstrou fé. Por isso foi contado entre os heróis da fé. Ninguém teve fé no Senhor, que o Senhor poderia restaurar Sansão. Ninguém ousou enfrentar os filisteus.

Vejam bem! Dentre os contemporâneos de Sansão não houve um herói da fé sequer. Aquele povo não era digno do Juiz que Deus lhe concedera.  Por que? Porque não tinham fé no Senhor.

Mas Sansão ainda acreditava em Deus, retivera sua sinceridade. Os olhos arrancados, a angústia, a zombaria, o desprezo e a rejeição dos seus irmãos, a escravidão e a prisão não conseguiram arrancar de Sansão sua fé. Fé é mais do que crer, fé é mais do que conhecer, fé é viver. E na sua terrível provação Sansão viveu com o Senhor, aprendeu a viver para o Senhor.

Do alto da liderança do povo de Deus à escravidão, rejeição e desprezo. São os piores sentimentos com os quais alguém pode lidar: rejeição e desprezo. Somente o Senhor pode ajudar nessas horas, senão o naufrágio é certo.

Para Sansão nada mais importava. Na verdade, os seus olhos estavam mais abertos do que jamais haviam estado antes.  Ele percebeu que a única realidade em sua vida era a presença do Senhor, o único que não o abandonara atendia pelo nome de Jeová, o Senhor. Em Juízes 16.22 está escrito que seus cabelos voltaram a crescer, o que indica que a restauração havia começado. Não seria mais o Sansão impetuoso, mas alguém diferente, alguém que aprendera a confiar totalmente no Senhor, inclusive pondo em risco a própria vida. A oração agora muda: “Senhor Jeová, lembra-te de mim” (Jz 16.28)! Não era mais o mesmo Sansão, que dizia ao Senhor: Vais me deixar morrer aqui? Mudou o homem, mudou a oração, mudaram os propósitos. Agora, Jeová era o Senhor da sua vida.

E o Deus de Sansão estava sendo humilhado. Sansão foi convocado para que o seu Deus fosse humilhado diante de Dagom. O palco havia sido montado. Todos os príncipes dos filisteus no templo de Dagom, milhares de filisteus cultuando Dagom. O adversário em êxtase. Vitória completa. Depois, quando Sansão estivesse completamente humilhado, certamente seria morto no templo de Dagom. Pelo menos Sansão não poderia esperar nada diferente.

A prisão e a escravidão destroem o caráter e a personalidade. Transforma o homem em um nada. Esse nada deseja desistir, deseja simplesmente apagar, deseja morrer. Mas o Espírito de Deus, quando está presente, não vai deixar isso acontecer jamais. Sansão poderia ter tirado a própria vida, oportunidades não faltaram. O Rei Saul, em situação muito mais privilegiada, cometeu suicídio. Saul, com lança e espada, poderia ter escolhido morrer com honra, guerreando, como o seu filho Jônatas. Sansão morreu com honra, lutando .

Mas então Sansão vai travar o derradeiro duelo. O adversário jamais poderia imaginar que ainda havia um servo de Deus debaixo daquele trapo humano. Sansão foi convocado para que Jeová fosse zombado no templo de Dagom. Depois, o cúmulo da zombaria, o nazireu do Senhor colocado entre as poderosas colunas que sustentavam o templo, demonstrando a completa incapacidade de Jeová de livrá-lo da zombaria e de ser morto no templo do deus que o destruíra. Quem sabe Sansão não imploraria pela própria vida, não se ajoelharia diante de Dagom por ela? Dagom iria vencer Jeová para sempre, era isso que estava em jogo. 

Então, para desespero dos que julgaram que Sansão estava perdido, que era um caído, que era um derrotado, ele realiza sua obra prima: Ora ao Senhor, o Senhor o atende para que ele executasse exatamente o que planejara. Sansão tem sua força restaurada e impõem a Dagom a pior de todas as humilhações: derrotado por um homem em seu próprio templo, não pode socorrer seus adoradores pagãos, foi destroçado fisicamente, moralmente, espiritualmente. Dagom estava perdido, totalmente destruído. Um só homem  derrotou o deus dos filisteus, o deus Dagom foi reduzido a pó misturado ao sangue dos seus adoradores pagãos, que ele não podia livrar. Na verdade, Jeová derrotou Dagom, Jeová derrotara satanás e todas as hostes satânicas mais uma vez. O Deus que nunca perde uma batalha havia vencido novamente, subjugando satanás em seu próprio território, usando a estratégia na qual satanás era mestre: o ataque de surpresa.

Somente então os israelitas se lembraram de Sansão. Na sua derradeira e eficaz vitória que o Senhor lhe concedera. Sansão morreu lutando, como um guerreiro de Jeová. Destruiu a fortaleza de satanás e pôs Dagom em seu devido lugar. Dagom não teve forças para salvar seus adoradores, foi derrotado, não era deus, era um monte de escombros. O sangue de seus adoradores misturou-se ao pó do templo e da estátua de um ídolo morto: Uma derrota definitiva.

E Sansão? Foi salvo? Vejamos: Ele foi contado entre os heróis da fé nas Escrituras, e não é pouca coisa. Em Hebreus 11.2 está escrito que Sansão, sim, Sansão alcançou testemunho.

Jesus sofreu todas as humilhações que Sansão sofreu. Também foi traído, seus amigos e familiares também o abandonaram. E Ele também morreu. A diferença é que não havia cometido pecado algum. Sansão foi contado entre os heróis, Jesus é o Salvador, pois morreu para justificar Sansão, você e eu. Ele é o Rei do reis e Senhor dos senhores, por Ele vale a pena morrer. Foi a escolha da igreja primitiva: As arenas e os leões, as cruzes e as fogueiras, mas jamais ceder ao inimigo.

Sansão, em sua morte, matou mais filisteus do que em toda a sua vida. Quando os seus olhos fecharam-se para o mundo, quando ele verdadeiramente conheceu ao Senhor, então ele pode realizar a obra como Deus queria. Antes, ele destruía os filisteus de forma não definitiva. Mas no final, quando reconheceu que a única coisa importante era a presença de Deus, quando ele renuncia ao mundo, renuncia à própria vida e morre para o mundo, então ele torna-se capaz de pisar definitivamente a cabeça da serpente. Dagom estava abatido definitivamente. Não era mais um deus; ele, seus sacerdotes, seus príncipes e seu povo foram derrotados por um homem só: O único Deus prevaleceu completamente,  transformando Dagom em  poeira.
No final, Sansão cumpriu sua missão, e está sendo contado entre os heróis da fé.

Que nós não precisemos passar o que ele passou para termos os olhos bem abertos para enxergar as maravilhas do Senhor.  “O Senhor é a porção da minha herança, não tenho outro bem além de Ti”.

Quando alguém disser  que Sansão perdeu a salvação, pergunte então se os outros heróis da fé, dentre os quais foi contado, perderam também. Quando alguém disser que Sansão perdeu a salvação, pergunte então se Pedro perdeu, pois negou Jesus depois de ter sido usado pelo Espírito de Deus, e também se Paulo perdeu,  porque, mesmo profundo conhecedor da Palavra, consentiu na morte de Estevão, ou se Tomé perdeu, incrédulo, mesmo vendo as maravilhas que o Senhor operou, mesmo tendo ouvido que Jesus disse que seria morto, mas ressuscitaria e enviaria o Consolador......

A salvação de Sansão está nas mãos de Deus. Pela Palavra de Deus, é plausível que Sansão, herói da fé, tenha alcançado a misericórdia divina. É o que penso. Além de vermos  a restauração na vida de Sansão,  vemos também como é enganoso o coração do homem, que procura tirar lições da queda de Sansão, mas esquece-se que seus cabelos tornaram a crescer, que a provação o tornou humilde e que o Senhor atendeu sua humilde petição. Ninguém busca tirar lições da vitória de Sansão, procura-se focar em Dalila, quando na verdade os filisteus e seu deus caíram pelas mãos de um único homem, usado pelo Senhor.  Na natureza pecaminosa, mesmo aqueles que conhecem o Senhor buscam julgar e condenar, esquecendo-se da advertência de Deus: “Não julgueis para não serdes julgados”. “Com a medida que medirdes, vos medirão a vós”.

Melhor é  amar ao próximo como a si mesmo, pois se olharmos para Sansão com misericórdia, buscando compreende-lo diante das circunstâncias em que viveu, vamos também entender porque ele foi considerado um dos heróis da fé.   

Cavaleiro Veloz Para Fazer o Bem - CVPFB

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Prepara-te para Encontrares com teu Deus

   


PREPARA-TE PARA ENCONTRARES COM TEU DEUS
“Portanto assim te farei, ó Israel, e porque isso te farei, prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus.” Amós 4:12.
Hoje em dia estão pregando um evangelho “da graça” que na realidade é uma desgraça. Estes ensinos têm deixado os cristãos preguiçosos e relaxados no serviço do Senhor. Muitos crentes são ensinados que “Deus perdoa tudo e não devemos nos preocupar”, vivendo uma vida desregrada e despreocupada com as coisas do alto.
A bíblia diz:
“Mas contigo está o perdão, para que sejas temido.” Salmo 130:4.
O perdão está com Deus não para que façamos o que desejamos e tratarmos Deus como um serviçal que tem o dever de nos perdoar; muito pelo contrário, nossa postura diante de um Deus que tem poder pra nos salvar e nos mandar para o inferno tem que ser diferente (Mt 10:28).
“Está bem; pela sua incredulidade foram quebrados, e tu pela tua fé estás firme. Não te ensoberbeças, mas teme;” Romanos 11:20.
Se tivermos uma atitude de incredulidade da palavra e de Deus podemos perder a vida abundante que Deus tem para nós e corremos sério risco de não sermos arrebatados com Cristo e termos que passar pelos horrores da Grande Tribulação.
A bíblia manda nos prepararmos para o nosso encontro com Deus.
No texto de Amós capítulo 4 Deus estava falando com o povo através das circunstâncias. Havia fome, seca, insucesso, pragas, gafanhotos e guerra. Mesmo assim o povo não buscava ao Senhor. Deus falava a um povo cego que o ignorava. As circunstâncias gritavam, mas o povo não ouvia. Podemos até escutar, mas ouvir é outra coisa totalmente diferente. Quando ouvimos a ordem dirigimos a nossa atenção, atendemos, tememos.
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito dia às igrejas.” Apocalipse 2:29.
Gostaria de trabalhar com o leitor esse conceito. O que vem a ser preparar-se. O que Deus deseja que saibamos sobre o tema.
O grande evangelista Billy Graham falou algo de muita propriedade:
“É estranho que os homens se preparem para tudo, exceto para a morte. Nós nos preparamos para a instrução. Preparamo-nos para o trabalho. Preparamo-nos para nossa carreira. Preparamo-nos para o casamento. Preparamo-nos para a velhice. Preparamo-nos para tudo, exceto para o momento em que vamos morrer. E, no entanto, a Bíblia diz que estamos todos destinados a morrer um dia.”
E de fato Billy Graham tem razão. Um dia vamos nos encontrar com Deus. Existem apenas duas possibilidades.
1 – O que não tem o nome inscrito no Livro da Vida: Serão lançados no lago de fogo (Ap 20:11-15). No inferno.
2 – Os cristãos autênticos: que irão para o Tribunal de Cristo (II Co 5:10) para serem julgados as suas obras. Destacamos que nossas obras não nos salvam (Ef 2:8-10), o que nos salva é a nossa fé. Depois de salvos nossas obras serão julgadas por Cristo (I Co 3:10-15). Deus é galardoador (Hb 11:6) (presenteador), ele irá pagar tudo o que fizemos de coração para Jesus.
Bob Briner um dia falou: “Preparo inadequado produz resultados inadequados.”
Para termos esse encontro com o Senhor Jesus na qualidade de cristãos autênticos temos que cumprir alguns pré-requisitos. Vamos a eles:
1 – MOCIDADE;
2 – PUREZA;
3 – BELEZA (TALENTOS);
4 – PRUDÊNCIA (VIGILÂNCIA);
5 – PACIÊNCIA;
6 – UNÇÃO;
7 – ÓLEO DE MIRRA;
8 – VESTES ADEQUADAS;
9 – COMPROMISSO COM O NOIVO.

A rainha Ester (Et 2:2-17) é o melhor exemplo bíblico sobre a preparação que é necessária para o encontro com o Rei Jesus.
Ester era jovem (Et 2:3). Esse ponto é interessante. Quanto mais velhas as pessoas são mais resistentes ao novo se tornam. Se consideram sabedoras de tudo e tem dificuldade de assimilar novas idéias. As crianças e jovens já são bem diferentes (Lc 18:16-17). Quanto mais jovens somos mais nos tornamos receptivos a verdade. Deus quer que tenhamos um espírito jovem disposto a crer no novo e no sobrenatural. Meu querido leitor. Você está disposto a receber o vinho novo (Mt 9:17)? O novo de Deus?
Ester era pura (Et 2:3; Mt 25:1), virgem. Não tinha sido contaminada por outro homem. Não tinha se entregado a outras pessoas. Lamentavelmente muitos cristãos estão se entregando ao pecado, trocando a exemplo de Esaú, os seus direitos por “prato de lentilhas” (Hb 12:16). Você tem se entregado ao mundo?
A rainha Ester era Bela. A beleza aqui representa a nossa habilidade (Mt 25:14-30) (dons naturais) que Deus nos Deus (não confunda com dons espirituais). Devemos usá-los diligentemente.
Ester era uma mulher prudente. A prudência na bíblia está muito relacionada a vigilância (Mt 24:42). A bíblia diz que Jesus vem como um ladrão, ou seja, na hora que não esperamos. Devemos ter uma atitude de vigilância para que o inimigo não tire de nós aquilo que Deus tem reservado (Ap 3:11). Jesus nos deu ordem para sermos prudentes como a serpente (Mt 10:16).

A paciência é outro requisito extremamente importante para o encontro com Cristo. Ester se preparou durante o período de 12 meses (Et 2:12). Foi retirada de sua parentela, foi morar em um lugar diferente e ficou se ataviado para o encontro com o rei Assuero. Muitas vezes achamos que podemos chegar na presença de Deus de qualquer maneira. Mas Jesus é bem maior que um rei humano, e o nosso preparo para o encontro com ele deverá ser maior.
A paciência é uma virtude muito mal compreendida pelos cristãos. Muitos se “desculpam” (ou culpam a Deus) pelos seus fracassos em insucessos com a frase “estou esperando no Senhor”. Mas eles não sabem o que dizem. A paciência bíblia é um estado de atividade; de movimento para que algo seja gerado no coração de Deus para agir em nosso favor. Muitos vivem relaxadamente, não fazendo nada para cumprirem a vontade de Deus e muito menos se tornam aptos a receber as suas bênçãos. Atitudes como essa se vê em cristãos principalmente em relação ao namoro onde em muitos casos as pessoas esperam por uma pessoa “especial” sem se arrumar, se vestir bem, sem se relacionar com os irmãos, sendo agressivas com todos os que se aproximam dizendo que estão esperando pelo Senhor. Então o tempo passa, essa pessoa fica solteira e ainda consegue culpar a Deus, vivendo em amargura pelo resto da vida; quando não se desvia dos caminhos do Senhor.
A paciência é como um ventre de uma mulher grávida. Ela deve completar o seu ciclo. Não podemos tirar uma criança nos 3 meses de gestação da barriga da mãe, fatalmente ela não subsistirá. Muitos de nós estamos abortando muitos sonhos de Deus para nós pelo simples fato de não deixarmos que eles sejam gerados em nosso espírito. Uma feto demora nove meses para nascer. Os projetos de Deus também podem demandar em tempo para serem manifestos.
Ester não desistiu na metade. Ela ficou todo o período esperando pelo encontro, mesmo em algumas situações sentindo saudade da família. Ela pagou o preço para o encontro.
Na parábola das 10 virgens (Mt 25:1-13) as que esperaram tiveram um encontro com o noivo. Eis aí outro ponto interessante. As que perseveraram em esperar estavam com azeite nas lâmpadas. Em Mt 25:9 as virgens prudentes mandam as néscias comprarem azeite. Isso nos dá uma lição. A unção tem preço! Você quer ter o óleo do Espírito na sua vida? Pague o preço! Ore, busque, jejue, louve que Deus te encherá com o óleo do alto.
“Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça.” Ec 9:8.
O texto acima nos dá um entendimento claro que sem santidade (vestes alvas) não pode haver unção do alto. O Espírito é Santo e só vai habitar com poder em um corpo santo.
O óleo tem a propriedade de eliminar o atrito. Quando houver uma discórdia o óleo do Espírito traz a paz. Onde há dor o óleo tem poder de curar (Lc 10:34). O azeite tinha valor muito grande. Ele era uma moeda nos tempos antigos. Que sobre a nossa vida nunca falte o óleo do alto!
Outro requisito. Ester se banhou com óleo de mirra. A mirra acompanhou todo o ministério de Cristo. No seu nascimento ele recebeu a mirra de presente de um rei mago. Na cruz foi oferecido vinho e mirra para aliviar suas dores (Mc 15:23), mas Cristo não aceitou. No seu sepultamento ele teve seu corpo ungido. (Jo 19:39).
A mirra era um ungüento aromático que tinha o poder de mudar ambientes. Trazia um novo odor. Um perfume novo. O bom perfume de Cristo (II Co 2:14-17). Uma pessoa bem perfumada atraí pelo perfume, e não apenas pelas palavras. Quando foi a última vez que você ouviu algo como: “você tem algo diferente. Eu quero isso pra mim!”
A veste também é um fator de peso para o encontro. O próprio Senhor Jesus em Mt 22:11-12 na Parábola das Bodas afirma que quem não estiver com o traje adequado não participará do encontro. A bíblia diz que quem não tem veste adequada passa vergonha (Ap 16:15). A veste nos dá direito a usufruir o melhor de Deus (Ap 22:14). Você está nu; simplesmente trajado ou com o traje nupcial?
Por último. Não podemos deixar de falar sobre o Compromisso de Ester com o Noivo. Ester, ao contrário da rainha Vasti. Não fez o que quis, mas sim fez a vontade do Rei. A rainha Vasti era casada com o rei Assuero, mas perdeu a sua posição porque não se comprometeu com ele. O rei deu uma festa e Vasti não quis participar. Achava que por ser rainha poderia fazer o que quisesse e não sofreria as conseqüências. Neste quesito temos que falar sobre o princípio da igreja de Satanás “faça o que você quer!” Isso é totalmente o contrário da bíblia. A bíblia nos manda fazermos o que Deus quer e não o que nós queremos.
O compromisso nos dias de hoje não é mais exigido pelos pastores com a igreja. Muitos tem medo de perder as ovelhas quando apertarem a palavra. Mas compromisso é necessário! Você está realmente comprometido com Cristo?
Deus te abençoe!!!