“Assim tomou Boaz a Rute, e ela lhe foi por mulher; e ele a possuiu, e o SENHOR lhe fez conceber, e deu à luz um filho.” (Rute 4:13).
A história de Rute é o resultado de experiências tristes, de fidelidade, de coragem, de bênção divina. Ela começa como uma estrangeira de Moabe e termina como a avó do rei Davi e ascendente de Jesus, o Messias, através do seu casamento com Boaz e o nascimento do Filho Obede. “Assim, Boaz e Rute se casaram e, depois de algum tempo, o Senhor permitiu que ela tivesse um filho” (Rute 4:13).
Ao ler a história de uma heroína bíblica, sempre nos sentimos envolvidos por duas atitudes. De início, somos tomados por admiração e respeito, ao acompanhar o princípio, meio e fim da sua vida repleta de episódios em que a humanidade e a divindade se interpenetram. Em seguida, muitos de nós caímos na tentação de nos sentir cheios de culpa, após comparar nossa vidinha espiritualmente mediana com aquele alto nível da heroína estudada.
Entretanto, parece que a ênfase da Bíblia não é: “agora, crente do Século XXI, vai e faze o mesmo”. O contexto da bíblia, em todas as narrativas, pretende ensinar o seguinte: os heróis da fé foram gente de carne e osso, como nós hoje. Referindo-se às virtudes e às falhas do profeta Elias, Tiago diz que ele “era inteiramente humano, como nós”. A lição a ser aprendida de Rute, de Débora, de Raabe, de Ester, de Maria, de Dorcas, de Madalena é a mensagem de que o Senhor nos chama, nos limpa, nos capacita e promete estar conosco “todos os dias”. O Senhor não exige que sejamos super-humanos. Ele nos quer muito, como quis Rute e companhia. Nas lutas de hoje. Na comunhão de hoje.
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