Conta-se que uma andorinha, vendo a floresta em chamas, passou a molhar suas asas nas águas do rio e a despejar pequenas gotas d’água em cima das labaredas. Centenas de grandes pássaros corriam desesperadamente do incêndio e, vendo o esforço da pequena ave, disseram que ela não conseguiria apagar o fogo de jeito nenhum. Diante disso, a andorinha respondeu que, se todos imitassem o seu exemplo, o fogo seria apagado naturalmente.
João da Silva, ouvindo essa história, decidiu apagar as chamas da violência em torno dele e, para isso, começou pacificando a sua própria alma, buscando diariamente, na oração, a serenidade para implantar a paz no mundo. No lar, passou a não gritar com seus familiares e, ao invés de brigar com a mulher, começou a dialogar com ela e seus filhos. Nos finais de semana, deixou de beber, para não criar confusões dentro do lar.
Deixou de falar palavrões na rua e dentro de casa. Procurou manter a paciência quando alguém lhe perguntava a mesma coisa, repetindo mais de cinco vezes a mesma resposta. E foi além: fez as pazes com os vizinhos e diminuiu o som do rádio para não irritá-los. Perdoou a sogra e convidou-a para almoçar em sua casa. No trabalho, deixou de ser grosseiro com os colegas de seção, passando a ser atencioso para os seus subordinados e mais compreensivo com o chefe. No trânsito, deixou de buzinar nos engarrafamentos.
Ao longo do tempo, seu exemplo contagiou os seus familiares, parentes, vizinhos, colegas de trabalho, enfim, todas as pessoas do seu convívio. Derramando onde vivia as pequenas gotas de sua paz interior, tal qual a andorinha de nossa história, João apagou o incêndio da violência em sua alma e deu início à paz no mundo com o seu exemplo.
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