INTRODUÇÃO
Certa ocasião, o Senhor Jesus foi interpelado por um doutor da lei, que o perguntou o que uma pessoa deveria fazer para herdar a vida eterna. Aquele homem era muito religioso, mestre das Escrituras, conhecedor das profecias, mas não sabia como herdar a vida eterna, pois só conhecia a letra da Palavra. Além do mais, sua pergunta não foi sincera, pois ele a fez com o propósito de tentar Jesus. Todo religioso tem esse problema, ele pode até conhecer muitas coisas da Bíblia, mas não conhece a vida eterna.
1. Jesus lhe perguntou o que estava escrito na lei, como ele lia a Escritura, e a resposta foi dada na ponta da língua: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças, e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo”.
Este é o primeiro mandamento e a base de toda a Escritura Sagrada. Jesus então concordou com a resposta do fariseu e lhe disse: “Faze isso, e viverás”.
O que o Senhor quiz mostrar àquele homem foi que, o fato de alguém conhecer a Bíblia e decorá-la de capa a capa, não lhe garante a vida eterna, pois o principal é viver a Palavra, é praticá-la e cumprí-la em sua própria vida, e isso era o que estava faltando àquele doutor da lei. Ele “amava” a Deus mas não amava o seu próximo. Ele nem ao menos conhecia quem era o seu próximo, por isso, para se justificar, ele perguntou: “E quem é o meu próximo?”.
2. Jesus então, para mostrar claramente àquele religioso quem era o seu próximo, contou-lhe a parábola do “bom samaritano”
Nela o Senhor mostrou o que aconteceu com um homem que descia de Jerusalém para Jericó, e como ele caiu nas mãos dos salteadores que, após o espancarem e roubarem, o deixaram meio morto à beira do caminho. Depois veio um sacerdote que também descia por aquele mesmo caminho, e vendo-o passou de largo. Veio também um levita que procedeu de modo semelhante ao seu antecessor, não prestando socorro ao homem ferido e abandonado meio morto. Nós podemos notar que Jesus procurou mostrar àquele doutor da lei, que ele era quem estava na situação do homem na sargeta. Ele fazia parte do imenso grupo de pessoas que desciam, que regrediam na vida espiritual, se afastavam de Deus, caindo nas mãos do adversário, que veio para matar, roubar e destruir, e que o sacerdote e o levita, amigos tão achegados a ele, nunca puderam fazer nada para ajudá-lo na sua situação de miséria espiritual.
Mas um samaritano, continuou Jesus, vindo de viagem pelo seu caminho, vendo-o, parou e prestou-lhe socorro, deitando-lhe vinho e azeite para curar suas chagas e reanimá-lo. Depois colocou-o sobre sua cavalgadura e o levou a uma hospedagem, orientando o seu proprietário que cuidasse dele, adiantando-lhe o pagamento de dois dinheiros e prometendo pagar o restante da conta na sua volta.
É importante lembrar que os samaritanos eram desprezados e hostilizados pelos judeus, por causa de antigos preconceitos raciais e religiosos. Eles não se comunicavam e não se davam bem, mesmo assim o samaritano acudiu ao judeu caído em desgraça.
3. Ao concluir a parábola, o Senhor Jesus perguntou ao doutor da lei qual dos três foi o próximo daquele homem moribundo, e ele prontamente respondeu que achava que foi o que o socorreu. Jesus então ordenou: “Vai, e faze da mesma maneira”.
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