sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SERMÃO: Dracmas perdidos em nossas famílias


Texto Base: Lucas 15: 8-10: “Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la?  9 E, tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido.  10 Eu vos afirmo que, de igual modo, há júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.”

1)   Introdução

Alguém já disse que “a beleza de uma casa não está na cor das paredes, no arranjo sobre as mesas, na disposição dos móveis. A beleza de uma casa está nas pessoas que moram nela.”
Os maiores tesouros que temos estão dentro da nossa própria casa. As maiores alegrias que temos estão dentro da nossa casa. Às vezes, inúmeras pessoas buscam a felicidade em tantas outras coisas (trabalho, dinheiro, títulos, etc.) e negligenciam o convívio familiar. Entretanto, aquele que não é feliz em casa não poderá ser feliz em lugar nenhum.
Definitivamente, as maiores alegrias que alguém pode experimentar estão dentro do seu próprio lar. Isso se deve porque os maiores tesouros que temos estão dentro de casa – nossa família.
Não só grandes alegrias podem ser experimentadas dentro, como também as dores mais agudas. Os maiores sofrimentos que temos podem ocorrer no seio familiar. Exemplos disso são as perdas que sofremos em nossa família. A perda de um filho, a perda do marido, a perda do pai ou mãe e mesmo a perda de um ente familiar querido. Não há nada que produza mais sofrimento à alma humana do que dores que tem sua origem na família.
O texto em questão fala sobre uma perda. Jesus conta uma parábola cuja protagonista é uma mulher. A trama que envolve a história gira em torno de uma dracma perdida. O texto afirma que ela tinha dez dracmas e, por descuido, perdeu um deles. A dracma era uma moeda muito preciosa nos dias de Jesus. Entretanto, o dracma tinha mais que um valor monetário. Alguns comentaristas afirmam que o conjunto de dez dracmas formavam um colar que simbolizava o compromisso da mulher com seu cônjuge. Assim, dez dracmas eram o símbolo visível de uma aliança invisível e eterna. Portanto, havia um valor sentimental, espiritual e familiar. Por isso, o texto discorre a preocupação da mulher ao perder uma única dracma, mesmo ainda tendo outras nove.
Outro fato importantíssimo a ser destacado diz respeito ao local onde aconteceu a perda. A Bíblia afirma que a mulher perdeu a dracma dentro de sua própria casa. Não foi na rua nem nos arredores. Trata-se de uma perda dentro de casa. Alguns psicólogos ensinam que algumas perdas tem a forte tendência de nos paralisar. Muitas pessoas ficam simplesmente estáticas. Não sabem o que fazer. Não vêem saídas. Entretanto, o texto afirma que essa mulher teve outra postura. Ela não ficou paralisada e nem mesmo deu lugar ao desespero. Essa mulher torna-se um paradigma para nós que desejamos achar tesouros perdidos dentro de nossas próprias casas.

2)   Esta parábola chama a nossa atenção para a necessidade de procurarmos os dracmas que estão perdidos em nossas casas. Meu irmão, qual tesouro você perdeu dentro da sua casa?

O respeito dos filhos, o carinho do cônjuge, a fidelidade conjugal, Fidelidade ao SENHOR, o diálogo, a vida devocional, o prazer pela casa de Deus, o prazer pela oração e leitura da Palavra,  ou  o fervor espiritual são alguns exemplos de dracmas que podem estar perdidos em nossas casas.
Certa vez uma irmã testemunhou: “Eu ganhei muitas pessoas para Jesus, mas me  sinto frustrada porque não ganhei meus próprios filhos”. Talvez você se sinta assim também. Já ganhou muitas pessoas, menos a sua própria família. Talvez você já tenha orado muito por ela, e agora já se sente desanimado, perdeu a dracma do animo e da determinação de lutar pela salvação de sua família.
Ilustração. Em certa família os pais trabalhavam fora. Durante todo o dia os dois filhos deste casal ficavam em uma creche. No fim do dia, pais e filhos voltavam para casa. A noite, o pai gostava de assistir TV, a mãe ficava envolvida com a organização da casa e do jantar, o filho mais velho ia jogar vídeo game, o outro, usar a internet. Eu pergunto: Qual o tempo que esta família tinha para a comunhão e o diálogo? Nenhum. Em muitas famílias, esse dracma precisa ser reencontrado.

3)   Na parábola que lemos, aprendemos com a  mulher que precisamos de três atitudes para recuperar os dracmas que estão perdidos em nossas famílias:

3.1      Buscar direção

O texto afirma que a primeira atitude dessa mulher quando notou a ausência de uma dracma foi acender uma candeia. As casas na Palestina eram escuras, sem luz e quase sem janelas. Ela, então, chega à conclusão de que é impossível encontrar algo no escuro.
Se há algo perdido, precisamos buscar direção em:
a) Jesus. O próprio Cristo afirmou: “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8:12). Jesus é a luz que precisamos para recuperar aquilo que foi perdido. Apenas a presença iluminadora de Jesus poderá nos dar uma direção clara. Acenda uma luz na sua casa! Essa luz é Jesus. Peça o SENHOR para trazer luz onde há escuridão.
b) Palavra de Deus. O salmista percebeu que a Palavra de Deus é poderosa para guiar nossos passos em segurança. Caminhar no escuro é difícil. Por isso precisamos de luz, para que possamos pisar em lugares seguros. Assim, ele conclui: “Lâmpada para os meus pés é a Tua Palavra e luz, para os meus caminhos” (Sl 119:105). Nestes dias difíceis, teremos força e direção para proseguir através da palavra de Deus.

3.2      Esforço

O texto afirma que após acender uma candeia, a mulher logo providenciou uma vassoura e passou a varrer a casa. Sua atitude desencadeou num grande esforço. Levantou a poeira que estava posta sobre sua residência. Tirou os móveis do lugar. Agachou-se para procurar.
É possível perceber que essa mulher realizou uma verdadeira faxina em sua casa. Isso nos ensina que devemos nos esforçar grandemente na busca daquilo que foi perdido. Thomas Edson disse que “a fórmula do sucesso é 90% de transpiração e apenas 10% de inspiração”. Se você deseja vencer, deve estar disposto a suar a camisa.
Há uma tendência humana em fugir de problemas. Constantemente evitamos tratar de determinados assuntos, porque para elucidá-los será necessário lançar mão de grandes esforços. Contudo, não podemos empurrar a sujeira para debaixo do tapete. Devemos nos esforçar grandemente com o intuito de resgatar as perdas que sofremos.

3.3      Busca diligente

O evangelista Lucas diz que a mulher “procurou diligentemente até encontrar” o dracma.
É possível destacar três fatores que a influenciaram para que ela fosse bem sucedida na sua busca:
a) Busca incansável. Ela não descansou enquanto não achou a dracma. Ela não mediu esforços para alcançar o seu objetivo. Lançou mão de todos os meios e recursos que estavam à sua disposição.
b) Busca meticulosa. Ela buscou em todos os cômodos da casa, observando cuidadosamente cada parte.
c) Busca perseverante. Ela só parou quando encontrou aquilo que procurava. Só uma coisa parou essa mulher: a vitória. Ela não desistiu enquanto não a alcançou. A palavra perseverança pode ser definida assim: “continuar sempre e nunca desistir”.
Precisamos ser incansáveis, meticulosos e perseverantes em encontrar os dracmas que foram perdidos em nossa família.

4)   Conclusão

Essa parábola está inserida num contexto muito particular do discurso de Jesus. Neste contexto, Jesus conta três parábolas: a parábola da ovelha perdida, a da dracma, e a do filho pródigo, cujo objetivo é o mesmo: destacar o amor de Deus pelo pecador perdido. Na primeira parábola uma ovelha está perdida. Na segunda parábola uma dracma está perdida. Na terceira parábola um filho está perdido. Em todas as parábolas acontece o reencontro. O pastor deixa as noventa e nove no deserto e vai em busca da única ovelha que havia se perdido. A mulher não leva em conta que ainda tinha nove dracmas, mas busca incansavelmente a única dracma que havia se perdido. E o pai, embora ainda tivesse o filho primogênito dentro de casa, não descansou enquanto seu outro filho voltasse para casa.
Nos três histórias acontece uma grande festa. Há uma festa porque algo precioso foi encontrado. Estas parábolas nos mostram que Deus em seu amor não mede esforços para ir ao encontro do pecador perdido.
Nesse sentido, o próprio Deus tornou-se modelo para nós.  Se desejamos reencontrar tesouros perdidos dentro da nossa própria família, então, devemos buscar direção, esforçar-nos e buscar diligentemente, porque é assim que Deus faz em relação ao pecador.
Qual tesouro você perdeu dentro da sua casa? Comunhão, dialogo, paz,
Você precisa identificar qual dracma você perdeu. E, assim que identificar, iniciar a busca por ele. Nada é mais urgente do que restaurar as bases da nossa casa.
Sua família é o maior patrimônio que você possui. Bens, diplomas e sucesso  profissional perdem o significado para você sem a felicidade de sua família.
Na verdade, nenhum sucesso compensa o fracasso da sua família. Não podemos construir nossa felicidade sobre os escombros da nossa família.
Há pessoas que querem alcançar o sucesso por meio de vôos solitários, fazendo carreira solo, deixando para trás a família, Igreja, e amigos. É por este motivo que há muitas famílias doentes e feridas. Há muitas famílias precisando de cura e restauração, porque foram colocadas em segundo plano.
Mas, lembremos que Deus ama a família, pois a instituiu. Deus não abre mão da família, pois esta é uma agência do seu Reino na terra. Josué, o grande líder que substituiu Moisés e introduziu o povo de Israel na terra da promessa, deu testemunho diante de toda a nação que ele e sua casa serviriam ao Senhor (Js 24.15). A essas alturas, Josué tinha prestígio e bens, sucesso e fama, mas nenhuma conquista pessoal diminuiu seu propósito de consagrar sua família a Deus.
Sei que muitos aqui estão em busca de sucesso na vida profissional. Outros tem feito um grande Investimento na formação intelectual dos seus filhos, para que sejam vencedores. Todos nós neste mundo, precisamos batalhar muito para ter uma vida material mais tranqüila no fututo.
Embora, essas iniciativas sejam legítimas, nada disso nos aproveitará se descuidarmos do principal, que é colocar nossa família no altar de Deus para o servirmos com alegria e fervor, nos esforçando diligentemente para encontrar os dracmas que estão perdidos em nossas casas.

A Pecadora Que Ungiu os Pés de Jesus


A passagem é descrita unicamente no Evangelho de Lucas, capitulo 7, versos 36 a 50. Uma mulher sem nome, que entrou para história por ter ungido os pés do Mestre Jesus, enquanto lágrimas desciam de seu rosto, misturando-se ao óleo, ao que ela carinhosamente enxugava com seus cabelos. A tradição diz que essa mulher era Maria Madalena, mas não há comprovação de que realmente seja. Muitos, ainda, dizem que a mulher seria a mesma de Marcos 14:3-9, Mt 28 e João 12-1-8. E por muito tempo, também pensei dessa forma, até estudar cuidadosamente e sem sombra de dúvida, constatar que Maria, irmã de Lázaro que ungiu a cabeça e o corpo de Jesus, em um jantar em Betânia, profetizando sua morte, nada tem a ver com a prostituta arrependida de Lucas 7. A semelhança está no ato de Maria, também ter ungido os pés de Jesus e enxugado com seus cabelos. Quando fez isso, estava em casa de Simão, o leproso, pai de Judas Iscariotes. A mulher , chamada de prostituta, estava em casa de um fariseu, coincidentemente, também chamado de Simão. Se dissermos que as passagens falam da mesma mulher, então estaremos afirmando que Maria, irmã de Lázaro (o ressuscitado) era prostituta, o que não procede.

Mas deixemos a identidade da mulher em oculto, seu nome e sua parentela talvez nem dissesse quem de fato ela era. O encontro que teve com Jesus, esse sim definiu toda sua vida e marcou uma nova identidade. Nem diria “nova identidade”, mas a que se havia perdido, pelas escolhas que fizera, pelos caminhos que andava, enfim pela vida que levava. Ao arrepender-se, ela torna-se aquilo que Deus idealizou para ela. Uma mulher livre, capaz de andar em qualquer lugar de cabeça erguida, de testemunhar sobre ser “nova criatura em Cristo Jesus” II Cor 15:17. Essa mulher disse muito, sem dizer uma palavra! Seus gestos foram capazes de despertar a atenção de Jesus e de fazer com que Ele a recebesse em Seu Reino, dizendo as mesmas palavras que disse a mulher que fora curada do fluxo de sangue: “ A tua fé te salvou, vai em paz”. E esse "salvou" no grego é “sozo”: sarar, preservar, manter seguro, resgatar do perigo. Uma palavrinha tão pequena, com tão grandes significados! Em algumas culturas “sozo” simplesmente se traduz como: “dar uma nova vida”, “trocar o coração”, aleluia! Assim Jesus disse: Vai mulher, estás segura do perigo, livre da morte eterna, sarada, preservada, com nova vida, novo coração! Onde mais encontraríamos tão grande conforto e refrigério?
A pecadora que ungiu os pés de Jesus, adentrou na casa do fariseu Simão sem ser convidada e discreta e silenciosamente se agachou junto aos pés de Jesus. Abriu seu pequeno frasco de alabastro (feito de gesso ou semelhante) e derramou suavemente o óleo sobre a pele de Jesus, espalhou com as mãos e recostou sua cabeça juntinho a Ele, especialmente sua face molhada de lágrimas que caiam incessantemente. E quando já não podia enxugar os pés do mestre , pois mãos e rosto estavam bem molhados, ela usa os cabelos como se fosse um lenço. Que bela cena! Quanta gentileza e amor de Jesus por não se sentir incomodado com a ação. Pelo contrário, Ele compreende perfeitamente a grandeza de cada gesto, o significado de cada lágrima, o deslizar do óleo que simbolizava exatamente o bálsamo curador da alma daquela mulher, outrora tão desprezada e infeliz! Óleo ajuntado sob lágrimas de arrependimento. Jesus estava no coração daquela mulher, que já não era pecadora, pois estava ali, implorando perdão. Suspirando por misericórdia. Ela viu em Jesus o amor que não havia visto em nenhum outro lugar. Cansada de tantos relacionamentos e homens carnais, ela enfim encontrara descanso, um lugar para deixar o pesaroso jugo e seguir em frente.

Fazendo um breve resgate dos costumes da época em Israel, as mesas eram dispostas com três largos sofás ao seu redor. Um dos lados da mesa, ficava livre para que os servos pudessem trafegar com tranquilidade ao servir as refeições . Essa arrumação era herança romana, chamada triclinium. Sendo assim, os pés dos que estavam à mesa, ficavam livres. A mulher, então, pôde sem impedimento chegar aos pés de Jesus. Depois dessa descrição de costumes, fica fácil compreender a passagem: “E estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas e os enxugava com os cabelos da sua cabeça; e beijava-lhe os pés e ungia-os com o bálsamo.” Lc 7:38.

Vejam, Simão convida Jesus para jantar e não faz para Ele, às honras comuns dedicadas a um convidado.

'Vês tu esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta com suas lágrimas os regou e com seus cabelos os enxugou. 45- Não me deste ósculo; ela, porém, desde que entrei, não tem cessado de beijar-me os pés. 46- Não me ungiste a cabeça com óleo; mas esta com bálsamo ungiu-me os pés. 47- Por isso te digo: Perdoados lhe são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama.' - Lucas 7:44 - 47

O fato é que o fariseu ficou incomodado com a presença da mulher, seu modo de tratar Jesus e a não reação Dele. Ela não era digna, será que não percebia isso? Jesus leu os pensamentos maldosos e preconceituosos de Simão, mas o fariseu foi incapaz de saber o que se passava no íntimo da pecadora arrependida. Ninguém compreende tão bem um coração carente e amoroso quanto Jesus. Ninguém sabe julgar perfeitamente e além da aparência, somente Ele! Podemos nos enganar sobre o que seja bom e justo. O fariseu se achava superior a mulher que ungia os pés de Jesus. Ele tinha uma vida social estável, pertencia a elite religiosa local, tinha influência. Aos seus próprios olhos, justo. Mas existia uma diferença essencial entre o fariseu e a pecadora arrependida. Jesus estava sentado à mesa da casa de Simão, quanto à pecadora; Jesus estava em seu coração. Eis a diferença de um cristão para um fariseu: o lugar que cada um reserva para Jesus em suas vidas. O homem, não é justo por si mesmo, mas em Cristo se torna justo: “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Jesus Cristo, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada.” Gálatas 2:16.

A mulher amava a Jesus acima de tudo, não teve medo do que iria enfrentar por sua fé. Diz I João 4:18 “ O verdadeiro amor lança fora todo o medo”, acho mesmo que esse versículo pode ser usado com fins impróprios, mas não é esse o caso. Verdadeiramente ele se aplica a situação da pecadora que ungiu os pés de Jesus, ela não teve medo de entrar na casa de Simão sem ser convidada e prestar honras a um homem que tinha certeza ser o Messias Salvador. Ela foi corajosa, mais que isso, ela muito amou. E assim Jesus a descreve para os presentes: “uma mulher que amou por demais porque teve uma grande dívida perdoada” Lucas 7:47. Simão amou pouco a Jesus, e amou demais o mundo. Ele teve receio de tratar Jesus bem demais e ser criticado por seus colegas de religião, ele teve medo de demonstrar amor. E se isso aconteceu, é porque o medo venceu , o amor perdeu. Simão é o típico exemplo de pessoas que confessam ser cristãs por conveniência. Convidam Jesus para suas mesas, mas não O deixam entrar em seus corações e nos demais recintos da casa.

A mulher que ungiu os pés de Jesus, estava visivelmente grata por tudo e prestou - Lhe uma adoração sincera. Os gestos dela, repletos de amor e simplicidade, impressionaram a Jesus muito mais que o jantar de luxo oferecido por Simão. Com um frasco de unguento, ela unge os pés de Jesus. Por que os pés? Já me perguntei tantas vezes, já que a unção sacerdotal era sobre a cabeça. Quem sabe, para retribuir o conforto de andar em um novo Caminho, de não mais pisar os pés em lugares inseguros e escuros. Quem sabe, para proporcionar descanso a Jesus, pelas muitas caminhadas feitas salvando vidas, nas quais ela se incluía. Um descanso que ela experimentava agora. Não nos é dado o valor do unguento, mas certamente foi ajuntado com zelo e guardado com muito cuidado para a ocasião. Que nós também, possamos ter zelo com nosso culto, nosso relacionamento com Deus. Que tenhamos momentos de derramar lágrimas e agradecer com todo o coração por tudo que Jesus é. Que agradar aos homens não seja mais importante em nossas vidas, do que agradar a Deus.

Em Cristo, Aquele que veio para nos salvar.
| Autor: Wilma Rejane |